Empresa americana é acusada de copiar design de miniônibus espacial soviético

"Dream Chaser" foi derrotado em licitação pelos projetos das empresas Boeing e SpaceX Foto: wikipedia.org

"Dream Chaser" foi derrotado em licitação pelos projetos das empresas Boeing e SpaceX Foto: wikipedia.org

A sonda espacial soviética Bor-4 foi usada pela empresa Sierra Nevada para a concepção de um miniônibus espacial, que entrou em uma licitação da Nasa para criação de uma nave espacial tripulada. A acusação foi feita por Dmítri Paison, diretor do Centro de Pesquisa e Análise da Corporação Unida de Foguete e Espaço (ORKK).

Empresas americanas participaram de um concurso para escolher o empreiteiro responsável pelo transporte comercial de astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Os projetos foram apresentados durante o 65º Congresso Internacional de Astronáutica, realizado em Toronto entre 29 de setembro e 3 de outubro.

“Os projetos da Boeing e da SpaceX na esfera de voos espaciais tripulados geraram grande interesse durante o evento em Toronto”, disse Paison, referindo-se às duas vencedoras da licitação. A Nasa vai alocar US$ 4,2 bilhões e US$ 2,6 bilhões a Boeing e SpaceX, respectivamente, para criar a nova nave espacial. A expectativa é que o novo veículo faça seu voo inaugural à ISS em 2017.

Uma das empresas participantes do processo, a Sierra Nevada, anunciou, contudo, que iria entrar com uma petição contra os resultados do concurso. Seus executivos alegam que poderiam economizar US$ 900 milhões na produção de sua nave espacial.

Paison sugeriu, entretanto, que a concepção da aeronave espacial “Dream Chaser”, da Sierra Nevada, incorpora algumas ideias estruturais utilizadas pela primeira vez por designers soviéticos na construção do foguete orbital não tripulado Bor-4, usado no projeto Buran.

Atualmente, as naves russas Soyuz são os únicos veículos capazes de levar tripulações para a ISS e conduzi-las de volta à Terra. De acordo com a imprensa americana, a Nasa paga à agência espacial russa Roscosmos cerca de US$ 70 milhões por assento a bordo da Soyuz.

 

Publicado originalmente pela agência Itar-Tass

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