Nanofiltros prometem separar gases e limpar o ar

Criação também permite reduzir de 3 a 5 vezes o preço da produção de alguns gases Foto: Kommersant

Criação também permite reduzir de 3 a 5 vezes o preço da produção de alguns gases Foto: Kommersant

Estrutura nanocelular permite limpar eficazmente o ar nas minas de carvão e filtrar os lançamentos das termoelétricas. Sem análogos mundiais, tecnologia começou a ser produzida na cidade siberiana de Kemerovo.

Os nanofiltros, como foram denominadas as peneiras moleculares de carbono (PMC), são montados em um gerador de nitrogênio, através do qual passa ar sob grande pressão. Nesse instante, ocorre a sua separação em nitrogênio e oxigênio, o ar enriquecido com oxigênio é canalizado para um coletor e, então, fornecido ao consumidor. Como resultado, obtém-se ar limpo até 99% de nitrogênio e oxigênio enriquecido (até 60%).

“Temos um amplo leque de solventes, o que não é comum no exterior. Os que se dedicam à produção de solventes, como, por exemplo, a China, criam materiais que permitem extrair apenas nitrogênio. Mas nós podemos extrair hidrogênio de diferentes gases, purificar o ar, concentrar metano, gás carbônico”, explica Aleksandr Berveno, diretor-geral da Sorbenty Kuzbassa, empresa responsável pela tecnologia.

A criação dos especialistas de Kemerovo tem ainda outras vantagens, como baixo consumo de energia, maquinaria de separação do ar, longa utilização de PMC sem a necessidade de substituição e preço. O emprego dos nanofiltros da Kuzbass permitiria reduzir de 3 a 5 vezes o preço da produção de gases como o hélio, o azoto e o hidrogénio.

“A tecnologia que utilizamos poupa energia, ou seja, os solventes, normalmente, são obtidos a temperaturas de 800 a 1.000 graus. Mas nós conseguimos fazer isso a 400 graus. Isso porque temos matéria-prima com baixo teor de cinza, não é preciso a fase da lavagem alcalina, o que torna a produção ecologicamente limpa”, acrescenta Berveno.

A tecnologia começou a ser desenvolvida em 2008. Por enquanto, apenas a máquina-modelo com uma potência de 20 toneladas entrou em operação. Para chegar à produção completa de 400 toneladas, prevê-se a captação de mais investimentos.

Grandes companhias que refinam petróleo e extraem carvão de países da CEI, Europa e Ásia já encomendaram a tecnologia, incluindo representantes de fundos de risco e até da embaixada da China. “Pretendemos continuar os contatos e discutir as possibilidades de posterior cooperação”, assinalou o diretor-geral da empresa.



Publicado originalmente pela Voz da Rússia

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