Médicos russos desenvolvem novo modelo de stent cardíaco

A invenção dos cientistas siberianos já passou a fase de testes técnicos Foto: Shutterstock

A invenção dos cientistas siberianos já passou a fase de testes técnicos Foto: Shutterstock

O know-how dos cientistas consiste na cobertura de silício do implante, explica a investigadora principal do laboratório de materiais e metais da Divisão Siberiana da Academia das Ciências da Rússia, Liudmila Meisner. Preço mais baixo será o diferencial.

Cientistas das cidades siberianas de Tomsk e Novossibirsk desenvolveram um novo implante cardíaco. Os médicos dizem que o dispositivo terá menos probabilidade de rejeição que os seus análogos estrangeiros, com um custo cinco vezes inferior.

O stent, que é uma endoprótese expansível fabricada com uma base de níquel e titânio, é colocado ou implantado diretamente no coração do paciente. O know-how dos cientistas consiste na cobertura de silício do implante, explica a investigadora principal do laboratório de materiais e metais da Divisão Siberiana da Academia das Ciências da Rússia, Liudmila Meisner:

“É precisamente o silício que eleva consideravelmente os parâmetros da biocompatibilidade. Esse elemento químico é muito próximo e compatível com os tecidos vivos, com as células vivas.”

O implante deste tipo de stent cardíaco começou a ser feito há menos de um ano no mundo. Os implantes em si são por enquanto fabricados exclusivamente no exterior. Segundo as expectativas dos cientistas, o análogo russo irá ser substancialmente diferente dos produtos importados.

“O análogo russo irá custar cinco vezes menos que os ocidentais. No Ocidente, cada um desses implantes sai por mais de US$ 30 mil. A colocação do revestimento de silício irá permitir que os tecidos se recuperem mais depressa. O processo de recuperação será mais rápido e terá menos complicações”, explica o diretor da empresa fabricante de stents coronários Andrêi Kudriashov.

A invenção dos cientistas siberianos já passou a fase de testes técnicos. Agora, se seguirão os testes clínicos.

Outra novidade

Mas há um outro know-how siberiano que já é largamente usado nas clínicas da Rússia. Se trata de um material de ligamento original, os curativos de sorção antimicrobianos, diz a diretora da empresa fabricante Natália Kirilova:

“Com a ajuda desses curativos, são removidos da ferida os microrganismos nocivos, ela é desinfetada, e a recuperação é acelerada.”

Nos casos de fraturas, cortes, queimaduras, úlceras tróficas e escaras, o curativo permite tratar quaisquer feridas com uma maior eficácia e rapidez. Os médicos dizem que esses curativos especiais são especialmente necessários em pacientes cujo organismo é resistente aos antibióticos.

Os cientistas siberianos demoraram cinco anos para desenvolvê-lo. No princípio, esses ligamentos de sorção eram fabricados manualmente, mas neste momento já são fabricados em série.

 

Publicado originalmente na Voz da Rússia

 

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