Ano começa com reformas na Roscosmos

Até 2030, os veículos espaciais russos têm que satisfazer as demandas da esfera socioeconômica, científica e da Defesa em 95% Foto: Reuters

Até 2030, os veículos espaciais russos têm que satisfazer as demandas da esfera socioeconômica, científica e da Defesa em 95% Foto: Reuters

A reforma geral da indústria espacial russa vai se complementando com novas ações concretas. Sobretudo, mudanças fundamentais podem ser esperadas no sistema de gerenciamento de todas as estruturas envolvidas na concepção, fabricação e de serviços de tecnologia espacial.

Em meados de janeiro ficou decidido que o governo russo iria se ocupar da questão da distribuição de competências na Agência Espacial Federal (Roscosmos) e na recentemente criada Corporação Integrada de Foguetes Espaciais (ORKK, na sigla russa).

A ORKK, de acordo com o texto do decreto presidencial que a instituiu e que foi assinado no início de dezembro do ano passado, vai se concentrar em "assegurar o desenvolvimento, produção, testes, fornecimento, modernização, venda, acompanhamento funcional, serviço de garantia e manutenção, reparação da tecnologia espacial de finalidade militar, dupla, científica e socioeconômica ao serviço dos interesses do Estado e de outros clientes, incluindo estrangeiros".

Além disso, é também atribuída à corporação a responsabilidade de conduzir uma política técnica unificada na criação de tecnologia espacial moderna. A Roscosmos, por sua vez, vai determinar a política governamental na área aeroespacial e agir na qualidade de cliente.

"Este é um trabalho muito grande e erros aqui são simplesmente inaceitáveis. É preciso olhar de forma mais cuidadosa e atenta para toda esta área e não deixar escapar nada. Deve-se, claro, otimizá-la de modo que ela funcione no mais alto nível e que o aspecto financeiro da questão, a sua componente econômica, esteja no nível das demandas atuais", exigiu o presidente Vladímir Pútin em uma recente reunião com o diretor-geral da Roscosmos, Oleg Ostapenko, e seu vice, Ígor Komarov. Existe grande probabilidade de este último, segundo a mídia, se tornar o diretor da ORKK.

A reforma da indústria espacial e a reestruturação dos quadros de pessoal da Roscosmos começaram depois que o vice-primeiro-ministro Dmítri Rogozin, supervisor do departamento de Defesa e da indústria espacial, indicou, em julho do ano passado, ao comentar o acidente com o foguete-portador, a falta de uma política coerente de desenvolvimento da antiga liderança da agência.

Ideia coletiva

No final de 2013, a Roscosmos anunciou que estava disposta a pagar 883 milhões de rublos (cerca de US$ 26 milhões) a quem criasse um conceito de desenvolvimento para a atividade espacial da Rússia. O concurso correspondente apareceu no site das encomendas estatais. Segundo os termos apresentados, os "documentos conceituais" devem ser desenvolvidos "com base em investigações sistêmicas dos problemas em estudo e na exploração espacial no país e no estrangeiro até 2030". O resumo do concurso deverá ser apresentado no dia 13 de fevereiro deste ano.

Até 2030, os veículos espaciais russos têm que satisfazer as demandas da esfera socioeconômica, científica e da Defesa em 95%, em vez dos 40 % de 2011. No entanto, temendo claramente uma repetição do acidente do aparelho Fobos-Grunt, os líderes do programa espacial russo decidiram encerrar até 15 programas de estudo dos planetas do sistema solar. 

 

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