Cern apoia a iniciativa da Rússia de se tornar membro associado

A filiação associada ao Cern custará aos cofres russos cerca de 7,8 milhões de francos suíços (cerca de US$ 8,5 milhões) por ano, um pouco acima de 10% do valor pago anualmente pelos membros efetivos da organização Foto: cds.cern.ch

A filiação associada ao Cern custará aos cofres russos cerca de 7,8 milhões de francos suíços (cerca de US$ 8,5 milhões) por ano, um pouco acima de 10% do valor pago anualmente pelos membros efetivos da organização Foto: cds.cern.ch

"No momento, estamos aguardando a apresentação do projeto oficial do acordo com o Cern, que será analisado pelo governo. Espero que o recebamos em breve para que possamos concluir a análise já no primeiro semestre de 2014", explica uma fonte no Ministério de Educação e Ciência da Rússia.

O Cern, laboratório europeu de pesquisa nuclear, apoiou a solicitação apresentada pela Rússia referente à sua transformação em membro associado da entidade, informou agência de notícias ITAR-TASS com base em informações fornecidas por Evguêni Ugrinovitch, diretor do departamento de relações internacionais do Ministério de Educação e de Ciência da Federação Russa.

"O relatório sobre o andamento das pesquisas dos cientistas russos na área de alta energia preparado pelo grupo de especialistas da organização foi analisado e aprovado. Portanto, a solicitação para se tornar um membro associado apresentada pela Rússia recebeu apoio de todos os membros do Conselho do Cern", comemora Ugrinovitch.

No segundo semestre deste ano, o grupo de especialistas composto pelos representantes dos países-membros do Cern que preparou o relatório visitou os principais centros científicos russos e se reuniu com autoridades e cientistas do país.

"No momento, estamos aguardando a apresentação do projeto oficial do acordo com o Cern, que será analisado pelo governo. Espero que o recebamos em breve para que possamos concluir a análise já no primeiro semestre de 2014", explica uma fonte no Ministério de Educação e Ciência da Rússia.

Vale ressaltar que o país solicitou a sua transformação em membro associado da organização em dezembro do ano passado. O motivo dessa iniciativa, segundo Dmítri Livánov, ministro de Educação e Ciência, é "o tratamento preferencial nos processos de licitação do Cern, que ajudarão os fabricantes russos de equipamentos e materiais de alta tecnologia a economizar centenas de milhões de euros anualmente".

Na sua opinião, outro grande privilégio oferecido aos membros associados do maior laboratório de física de altas energias no mundo é a "participação na tomada das decisões importantes, tanto na área financeira, quanto na científica, assim como a maior participação dos jovens cientistas, estudantes e alunos de doutorado nos programas educacionais do Cern, além da cooperação internacional que aumentará o nível de preparação dos futuros cientistas".

A filiação associada ao Cern custará aos cofres russos cerca de 7,8 milhões de francos suíços (cerca de US$ 8,5 milhões) por ano, um pouco acima de 10% do valor pago anualmente pelos membros efetivos da organização.

A Alemanha, por exemplo, contribui com 20,25% do orçamento anual da entidade, que em 2012 atingiu 1,2 bilhões de francos (cerca de US$ 1,3 bilhões).

Na fila para se tornar  membros efetivos da organização encontram-se países como Israel, Chipre, Romênia, Sérvia e Ucrânia. Turquia e  Brasil estão aguardando a decisão final referente aos seus processos de transformação em membros associados.

 

Publicado originalmente pelo newsru.com

Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies