Start-up para ajudar recém-nascidos

O primeiro lote de produtos da Lactocore deve sair até o final do ano Foto: Photoshot/Vostcok Foto

O primeiro lote de produtos da Lactocore deve sair até o final do ano Foto: Photoshot/Vostcok Foto

Cientistas russos sintetizaram um peptídio necessário para o desenvolvimento saudável do sistema nervoso dos bebês e basearam nele o seu projeto start-up, que ajudará na luta contra o autismo e a esquizofrenia entre recém-nascidos.

Depois de dez anos de pesquisas realizadas na MGU (Universidade Estatal de Moscou, na sigla em russo,) e em institutos da Academia de Ciências Médicas da Rússia, o entusiasmo empreendedor do estudante Anton Málichev levará agora a um projeto start-up baseado na produção de um componente artificial do leite materno, o peptídio, que é responsável pelo desenvolvimento normal do sistema nervoso das criança.

Ainda um jovem cientista do último ano da Faculdade de Biologia da MGU, Málichev teve a ideia de transformar as pesquisas de seu orientador científico, Viatchesláv Dubínin, em um projeto comercial. Foi assim que nasceu start-up Lactocore ("lacto" significa "leite", "core" associa-se ao sistema nervoso).

Segundo ele, a tarefa mais difícil de se realizar foi encontrar uma empresa que aceitasse mudar a composição das suas fórmulas para lançar o novo produto.

"Nosso problema é que as grandes empresas, como a Nestlé, estão representadas aqui só por meio de marketing e distribuição, enquanto questões como a dos ingredientes usados em suas fórmulas são delegadas somente às seções que elaboram os produtos, na Suíça. Além disso, seria necessário refazer toda a certificação exigida de empresas ocidentais", conta Málichev.

Mas Málichev acabou fechando uma parceria com uma grande fabricante de laticínios da cidade de Omsk, cerca de 2.500 km a leste de Moscou. O primeiro lote de produtos da Lactocore deve sair até o final do ano.

Além disso, a start-up está prestes a fechar um acordo com uma das maiores fabricantes de produtos alimentícios da Bielorrússia.

Durante os dois anos que decorreram desde o lançamento do projeto start-up, seus criadores conseguiram arrecadar US$ 70 mil em bolsas. O valor é suficiente para as despesas decorrentes das pesquisas e para pagamentos de funcionários, mas não para entrar no mercado internacional.

Atualmente, o projeto busca parceiros globais. Além disso, a start-up tenta arrecadar os US$ 1,6 mil milhão necessários para testes do produto, patentes e estratégia comercial.

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