Tu-160 é capaz de romper a Defesa Antiaérea inimiga tanto a baixas altitudes a uma velocidade subsônica quanto em altitudes elevadas a uma velocidade duas vezes superior à do som Foto: ITAR-TASS.
De acordo com os dados de 2012, a frota de aviação estratégica russa contava com 32 bombardeiros turboélices Tu-95MS (outros 60 estavam armazenados), 150 aviões Tu-22M3 que não têm um alcance intercontinental e 16 bombardeiros estratégicos supersônicos Tu-160.
Neste ano, os fabricantes começaram a modernizar o Tu-95MS, com o objetivo de muni-lo com um novo equipamento radioeletrônico, um sistema de navegação por satélite ligado ao Glonass e um equipamento de pontaria que permita a utilização de mísseis de cruzeiro estratégicos X-101.
Dos 92 bombardeiros Tu-95MS, algumas dezenas serão atualizados com a intenção de prolongar sua vida útil até 2025, e os restantes serão retirados de operação.
Também está sendo desenvolvido um novo bombardeiro avançado de longo alcance (PAK DA, na sigla em russo), que será capaz de levar a bordo mais armas convencionais do que o bombardeiro estratégico supersônico Tu-160, embora seja menos rápido.
“O Pak Da será subsônico e terá armamento mais poderoso. Sua principal diferença em relação ao Tu-160 é poder levar a bordo mais armas do que o Tu-160”, disse o comandante da Força Aérea Russa (FAR), general Víktor Bôndarev, no início de agosto.
Atualmente, a Rússia possui apenas um tipo de bombardeiros supersônicos com alcance de mais de 10 mil km, o Túpolev-160 (Tu-160). Trata-se do maior maior avião porta-mísseis estratégicos do mundo de produção em série designado de Blackjack (cassetete) nos documentos do Ministério da Defesa dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Velocidade máxima: 2200 km/h
Teto de serviço: 16 km
Alcance sem reabastecimento: 12300 km
Carga de combate máxima: 40 t
Tripulação: 4Projetado ainda nos anos 1970, o Tu-160 é capaz de romper a Defesa Antiaérea inimiga tanto a baixas altitudes a uma velocidade subsônica quanto em altitudes elevadas a uma velocidade duas vezes superior à do som.
Desde 2007, foi iniciado um programa abrangente de modernização da frota de Tu-160. “Nos próximos 7 a 10 anos, a aviação estratégica continuará armada com mísseis. No entanto, o objetivo de uma das etapas da modernização do Tu-160 é ‘ensinar’ o avião a lançar bombas”, disse o comandante da aviação de longo alcance, general Ígor Khvórov, nessa mesma época.
Um Tu-160 pode transportar tantas bombas quanto um esquadrão inteiro de Tu-22M3. Mas a intenção atual é fazer com que parte da frota de aeronaves de longo alcance opere unicamente com armas convencionais. “No primeiro plano está o desafio de neutralizar o inimigo com munições convencionais. Possuindo um longo alcance, nossas aeronaves são especialmente valiosas para forças de pronto emprego”, acrescentou Khvórov.
O comandante também chegou a anunciar planos de munir a frota de bombardeiros de longo alcance de um novo míssil de cruzeiro com uma ogiva convencional. “O míssil atualmente em serviço da aviação estratégica é uma espécie de fase preparatória para a adoção de um novo míssil de cruzeiro de longo alcance”, disse o general. Praticamente invisível ao radar, esse míssil será capaz de romper facilmente a defesa antiaérea inimiga e terá um alcance de mais de 5 mil km, em comparação às versões atuais, cujo alcance é de até 3.500 km.
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