cientistas russos acreditam que tumores servem como "campo de testes" para a evolução experimental de novos genes Fonte: Patrick M
De acordo com o diretor do Centro Biomédico, Andrei Kozlov, alguns genes que vivem nas células dos testículos e atuam sobre várias formações malignas, como melanomas, carcinomas hepatocelulares, sarcomas, tumores malignos no sangue, bexigas, pulmões, mamas, próstatas e ovários, codificam as proteínas específicas de tumores nos testículos.
“A nossa teoria do papel evolutivo dos tumores parte do princípio de que esses genes com propensão a desenvolver tumores devem surgir, em termos de evolução, nas células reprodutoras para serem transmitidos e atuar nos tumores para depois originarem novos tipos de células, tecidos e órgãos”, afirma Kozlov.
Andrei Kozlov Foto: Assessoria de imprensa
Os cientistas compararam sequências semelhantes desses genes em espécies de diversos degraus da escala evolutiva: homem, chimpanzé, boi, rato, galinha, mosquito africano e fungos patogênicos, entre outros. No genoma humano, há mais de 200 sequências que propiciam o desenvolvimento de tumores. Acontece que uma parte considerável delas (72,5%) surgiu muito mais tarde do que os restantes genes do nosso genoma, durante ou depois da formação dos animais placentários.
Como a maior parte dos outros nossos genes (76%) são mais antigos do que os placentários e entre os genes humanos responsáveis pela codificação das proteínas existem apenas 163 sequências exclusivas dos homens, os estudiosos constataram que os genes realmente pertencem, em termos evolutivos, a uma família nova.
Publicado originalmente pelo S&T RF
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