No final de julho passado, o ministro da Defesa russo Serguêi Choigu (dir.) visitou uma exposição de novos modelos de armas no campo de provas de Rjevka, nos arredores de São Petersburgo Foto: Kommersant
Para construir as mais modernas armas, a tendência global é aplicar princípios inovadores e amplo uso de sistemas robóticos. A indústria armamentista russa, que segue na esteira dessa tendência, pretende fazer com que no futuro os robôs representem, pelo menos, 30% do arsenal militar do país.
No final de julho passado, o ministro da Defesa russo Serguêi Choigu visitou uma exposição de novos modelos de armas no campo de provas de Rjevka, nos arredores de São Petersburgo. O governante mostrou especial interesse por um sistema robótico móvel projetado para missões de reconhecimento e equipado com lança-chamas e armas de fogo para combater alvos terrestres.
Mas a taxa de presença de equipamentos robóticos nas Forças Armadas russas é insuficiente, já que a maioria dos robôs desenvolvidos não passa de protótipos. “Estamos prontos para comprar produtos de robótica, temos datas fixadas para isso até 2020”, disse o ministro da Defesa após a visita à exposição em Rjevka.
A robótica é também uma das áreas de interesse dos serviços secretos. Em 2014, o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) receberá robôs de reconhecimento Plastun para o patrulhamento e identificação de objetos e pessoas suspeitas. Alguns deles serão incluídos no esquema de segurança dos Jogos Olímpicos de Sôtchi em 2014.
“O contrato com o FSB pressupõe o fornecimento de 100 robôs de reconhecimento até o próximo verão. O preço vai depender da versão, e varia entre 4 milhões e 8 milhões de rublos por unidade [entre cerca de R$ 280 mil e R$ 550 mil]”, diz o diretor do centro de robótica da Universidade Bauman de Moscou, Aleksêi Maksimov.
O robô que será usado em Sôtchi vai utilizar um sistema de locomoção automatizado, telêmetro e a mesma tecnologia dos sistemas de veículos não tripulados do Google. Isto é, os radares e analisadores medem a distância entre os objetos visíveis, enquanto o robô em marcha faz um mapa em duas e três dimensões compatíveis com outros mapas.
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