Helicópteros entrarão no Kremlin pela ponte Zamoskvoretski ou por Zaradie Foto: AP
As restrições de voo, que surgiram nos tempos soviéticos, ainda estão em vigor com “o propósito de segurança nacional”, como descreve a lei. Atualmente, exceções são feitas apenas para equipes do Ministério para Situações de Emergência, serviços de ambulância, polícia e dirigentes do país.
Mas com as difíceis condições das estradas e dos grandes engarrafamentos na capital, decidiu-se começar a utilizar o espaço aéreo de Moscou. E, uma vez que uma das causas da formação de congestionamentos são as comitivas oficiais do país, a primeira ideia foi retirar os carros oficiais das ruas da cidade.
Desenvolvidas pela Associação da Indústria de Helicópteros, essas sete barcaças de pouso deverão ser instaladas no rio Moscou para receber táxis aéreos e helicópteros de resgate. Acredita-se que a primeira base flutuante será construída no Reservatório de Khímki ainda este ano.
O heliporto número um, construído em um uma área de 4.162 metros quadrados no Kremlin, tem capacidade de receber diferentes tipos de helicópteros e operar em qualquer época do ano. Para liberar espaço para pouso de dois helicópteros, foram demolidas as edificações provisórias de verão construídas há cerca de 20 anos para o Serviço Federal de Segurança.
O Departamento de Administração Presidencial assegura que os voos de helicóptero não causarão nenhum dano às muralhas de Kremlin e nem ao edifício em si. “Por precaução foram instalados sensores nas torres para monitorar o possível impacto sobre a muralha. A pista propriamente dita está localizada em zona de segurança”, explicou o porta-voz do governo, Viktor Khrekov. “O Ministério da Cultura deu luz verde.”
Desde maio deste ano, os aviões comerciais também receberam permissão para sobrevoar a capital a uma altura não inferior a 8.100 metros. Segundo o chefe da administração presidencial, Vladímir Kofi, o voo do aeroporto Vnúkovo, situado a 12 km a sudoeste de Moscou, até o Kremlin, levaria entre 5 e 7 minutos de helicóptero, sem considerar o tempo de pouso e decolagem.
Os líderes de outros países também poderão utilizar esse recurso durante suas visitas à Rússia. “Essa possibilidade é considerada, mas tudo depende do protocolo e dos regulamentos de outros países”, explica Vladímir Kojin. Por exemplo, o líder da China não pode usar helicópteros no exterior por motivos de segurança.
O especialista militar Iliá Kramnik garante que o transporte por ar vai, pelo contrário, reforçar a segurança aos visitantes estrangeiros e líderes russos. “Os helicópteros das autoridades dispõem dos mais modernos equipamentos de radioeletrônicos, óticos e infravermelhos, de modo que qualquer míssil disparado contra os helicópteros seria derrubado com alta probabilidade”, diz Kramnik.
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