Rússia desenvolve “robôs assassinos” para combater terrorismo

Especialistas acreditam que robôs poderiam entrar em ação daqui a 20 anos Foto: RIA Nóvosti

Especialistas acreditam que robôs poderiam entrar em ação daqui a 20 anos Foto: RIA Nóvosti

Armas autônomas seriam capazes de ajudar a evacuar militares e civis, bem como deter terroristas à distância. Apesar da eficiência, ONG norte-americana justifica que sistemas não seguem padrões internacionais dos direitos humanos.

Especialistas russos estão desenvolvendo robôs projetados para minimizar as casualidades em atentados e neutralizar os terroristas, informou o vice-premiê Dmítri Rogózin.

“Os robôs também poderiam ajudar a evacuar militares e civis feridos do local de um ataque terrorista", acrescentou Rogózin, que é responsável pela supervisão da indústria da defesa.

Outros equipamentos antiterrorismo desenvolvidos atualmente pela Rússia  incluem sistemas capazes de enxergar os terroristas através de obstáculos e efetivamente detê-los a uma longa distância sem ferir os reféns.

Rogózin não deu detalhes sobre quando o equipamento será implantado pelos serviços de segurança e de inteligência da Rússia.

A ONG norte-americana Human Rights Watch (HRW) criticou a ideia de armas totalmente autônomas, conhecidas como "robôs assassinos", que seriam capazes de selecionar e atacar alvos sem intervenção humana e exortou a não preferência por tais armas.

“Armas completamente autônomas ainda não existem, mas elas estão sendo desenvolvidas por vários países e modelos precursores já foram implantados por militares de alta tecnologia”, declarou a HRW em um comunicado divulgado em seu website. “Alguns especialistas preveem que esses itens poderiam estrar em operação em 20 a 30 anos.”

“Essas armas seriam incapazes de cumprir os padrões internacionais dos direitos humanos, incluindo as regras de distinção, proporcionalidade e necessidade militar. As armas não teriam capacidade de compaixão, que pode ser um elemento-chave na prevenção da morte de civis”, acrescentou a organização. “Armas totalmente autônomas também levantam sérias questões de responsabilidade, afinal, não está claro quem deveria ser responsabilizado por quaisquer ações ilegais que cometerem.”

 

Publicado originalmente pela RIA Nóvosti

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