Universitário de Tomsk propõe instalação para reaproveitar efluentes de termoelétricas

Foto: Getty Images / Fotobank

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Resíduos fluidos das usinas poderão ser convertidos em água, sal e matérias-primas para fabricação de vidro.

A instalação proposta por Kirill Afanasiev, aluno da Universidade Politécnica de Tomsk (TPU), na Sibéria, transforma efluentes (resíduos fluídos) de usinas termoelétricas em sal de cozinha, água e matérias-primas para a fabricação de vidro.

“Alguns componentes do esquema proposto já eram conhecidos antes, mas eu elaborei a sua distribuição em um esquema eficaz e a otimização das instalações”, explica Afanasiev. “Atualmente os efluentes das estações de tratamento simplesmente são descartados em muitas termoelétricas, portanto, proponho concentrar esses resíduos e reutilizá-los.”

O estudante acrescenta que todas as instalações utilizadas têm a função térmica, pois nesse caso são mais eficazes do que as químicas.

Em primeiro lugar, parte da água é evaporada dos efluentes na instalação de evaporação parcial.

Em seguida, os efluentes são levados para o evaporador de contato, e durante o processo de borbulhamento (aquecimento de fluido “por dentro”, com a utilização de um queimador especial) é produzida uma solução saturada. Essa tecnologia aumenta a eficiência do processo e permite a máxima concentração da substância .

Na sequência, o líquido é colocado em um cristalizador — um receptáculo com um agitador mecânico, onde os cristais são depositados nas paredes e, em seguida, são levados para um secador.

De acordo com o graduando da TPU, depois deste processamento, os resíduos da termoelétrica são separados em água purificada, que pode ser reutilizada, sal de cozinha e sulfato de sódio, necessário na produção de vidro. Não importa se a termoelétrica é movida a carvão, ou a gás, a instalação é igualmente eficaz para ambos.

Afanasiev diz ainda que instalações de tratamento como estas reduzem significativamente a influência negativa da usina termelétrica no meio ambiente. A sua aquisição custará mais do que os métodos atualmente utilizados, mas o custo será reduzido em menos de três anos.

O trabalho do jovem cientista foi premiado no início deste ano com o título “Futuro Sustentável da Rússia” da Academia de Economia Nacional e da Administração Pública.

 

Publicado originalmente pela agência RIA Nóvosti

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