No caso do Brasil, trata-se da primeira melhora em cinco revisões negativas
Shutterstock/Legion MediaA situação da economia russa se estabilizou devido ao aumento dos preços do petróleo registrado no primeiro semestre, informou o Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado nesta terça-feira (19). O fundo melhorou também, pela primeira vez em cinco revisões negativas, a previsão do PIB brasileiro para 2016.
“Os preços mais altos do petróleo estão dando certo alívio para a economia russa, e a projeção de declínio do PIB é mais suave agora, mas as perspectivas de recuperação forte são contidas por questões estruturais de longa data e o impacto das sanções sobre a produtividade e o investimento”, lê-se no relatório do FMI.
Segundo o documento, as perspectivas para as economias de mercado emergentes e em desenvolvimento permanecem diversas, “com alguma melhora para um pequeno número de grandes mercados emergentes – em particular, Brasil e Rússia –, apontando para uma revisão de melhora modesta em relação à previsão de crescimento global para 2017 divulgada em abril”.
O FMI prevê que o PIB russo irá encolher em 1,2% este ano, mas é esperado um crescimento da economia na faixa de 1% em 2017. No caso do Brasil, em vez da queda do PIB estimada em abril em 3,8%, estima-se agora que a economia brasileira encolha 3,3% em 2016.
Também é esperado um crescimento positivo para a economia brasileira em 2017. O fundo prevê que haverá um saldo positivo de 0,5% no PIB, ante a projeção de crescimento nulo publicada nos dois últimos relatórios globais do FMI. É a primeira vez, desde julho de 2012, que o órgão melhora uma estimativa feita para o Brasil.
Brics influente
Na cerimônia de abertura da primeira reunião anual do Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics, o vice-premiê da China Zhang Gaoli disse estar confiante do “status crescente dos países do Brics, e que iremos continuar aumentando a nossa influência no cenário internacional”.
Gaoli destacou o papel do NDB como uma estrutura capaz de aumentar a influência dos países-membros do bloco em questões financeiras internacionais e beneficiar as populações da África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia.
Também nesta quarta, o conselho diretor do Novo Banco de Desenvolvimento aprovou o financiamento de um projeto de pequena escala para produção de energia na Karélia, região russa que faz fronteira com a Finlândia.
O Banco do Brics foi criado em julho de 2014, em Fortaleza, durante cúpula de líderes do grupo. O banco, com sede em Xangai, tem por objetivo financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável nos Brics e em outros países em desenvolvimento.
Com material da agência de notícias Tass
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