Brasil teve a maior queda entre todas as 168 nações pesquisadas
PhotoXPressA África do Sul é o país menos corrupto entre os membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo o ranking global de corrupção produzido pela ONG Transparência Internacional e divulgado nesta quarta-feira (27).
Enquanto a África do Sul ficou classificada em 61º lugar, o Brasil caiu sete degraus e passou a ocupar a 76ª posição. “O escândalo Petrobras levou as pessoas às ruas e o processo judicial pode ajudar o Brasil a deter a corrupção”, lê-se no relatório.
O país teve a maior queda entre todas as 168 nações pesquisadas. “Não é de se surpreender que o Brasil, em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história, tenha sido o país da América que mais caiu no índice este ano”, acrescenta o relatório.
A Índia também foi colocada no 76º lugar, enquanto a China ficou na 83ª posição, e a Rússia, na 119ª, junto com Guiana, Azerbaijão e Serra Leoa.
“Todos os Brics enfrentam desafios”, disse à agência AFP Robin Hodess, diretor do Transparência Internacional responsável pela pesquisa.
“No geral, acho que é muito importante que não só o governo entre com as reformas que estamos buscando – mudanças políticas e o reforço delas –, mas que esses países prestem atenção ao povo, aos esforços de seus cidadãos”, acrescentou Hodess.
Na véspera da divulgação do ranking, o presidente russo Vladímir Pútin conduziu uma reunião sobre combate à corrupção no país. Entre outros fatores, exigiu que o Estado apreenda e confisque propriedades que pertencem a oficiais corruptos.
A missão, segundo Pútin, é “brecar as tentativas de suborno por autoridades russas” que eventualmente “se mudam para países estrangeiros”.
Em resposta ao ranking, o deputado Aleksandr Khinchtein, do partido governista Rússia Unida, disse ao jornal “RBC” concordar que o nível de corrupção no país é “bastante alto”, embora a Rússia tenha subido 17 posições no ranking. “Mas, se falarmos sobre as iniciativas legislativas e das autoridades, a situação está mudando”, disse.
Ranking
Dois terços dos 168 países pesquisados pela ONG Transparência Internacional apresentaram pontuação abaixo de 50, em uma escala de 0 (percebidos como altamente corruptos) a 100 (altamente íntegros).
“A corrupção pode ser derrotada se trabalharmos juntos. Para acabar com o abuso de poder, corrupção e (...) acordos secretos, os cidadãos devem se unir para dizer a seus governos que já não aguentam mais”, disse José Ugaz, presidente da ONG.
Os três países com menor nível de corrupção, segundo o estudo, são Dinamarca, Finlândia e Suécia. Já a Coreia do Norte e a Somália, que receberam apenas oito pontos, amargam o último lugar do ranking.
Com material do jornal RBC e da agência Tass
Confira outros destaques da Gazeta Russa na nossa página no Facebook
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: