Bloco Soviético reuniu quase 5.000 foliões em SP no ano passado
Facebook/Bloco SoviéticoA ideia do primeiro bloco soviético surgiu em São Paulo, em 2013, em uma brincadeira no Twitter que incluiu a cantora Vange Leonel (falecida em 2014) e sua então companheira, a jornalista Cilmara Bedaque. Do primeiro ano, em que menos de 200 pessoas compareceram à concentração nos entornos do bar Tubaína, na rua Haddock Lobo, em São Paulo, o número de foliões subiu para quase 5.000 em 2016.
Em sua 5a edição este ano, o bloco contará neste sábado (18) com um carro de 13 metros de comprimento, banda ao vivo e bateria com 20 instrumentistas, além da animação dos seguidores, que vêm sendo estimulados, pela página no Facebook do bloco, a decorar as versões de marchinhas já conhecidas, como “Cachaça Não é Água”, que foi adaptada pelos organizadores para “Se Você Pensa Que Orloff É Água”, entre outras.
Com as mudanças estabelecidas pela Prefeitura de São Paulo para o carnaval deste ano, porém, o bloco perdeu parte do trajeto original, intitulado Transiberiana, que seguia do tradicional ponto de partida no Tubaína ao bar do Coco, na Santa Cecília.
Marchinha para folia deste sábado (17) (Foto: Facebook/Bloco Soviético)
BH e Brasília na folia
Nas ruas de Belo Horizonte, a revolução começa um dia antes: o bloco Vermelhim, idealizado pelo carnavalesco José Guilherme Castro, colocará os foliões para sambar já nesta sexta (17). “Nós vamos tocar músicas de luta”, diz José Guilherme.
O bloco, que celebra os 100 anos da Revolução Russa, foi lançado no último dia 17 de janeiro e deve se apresentar todo dia 17 (Dia da Solidariedade Internacionalista), às 17h, na Praça Sete, na capital mineira, ao longo do ano inteiro.
Junto com o centenário da Revolução, o objetivo dos organizadores é expor, de forma descontraída, a insatisfação com a atual política no Brasil, gerando um debate político-ideológico sobre as conquistas da Revolução Russa e a chegada dos trabalhadores ao poder.
Além do hino da Internacional Comunista, música-tema do bloco tocada em versão de samba (“Senhores, patrões, chefes supremos / Nada esperamos de nenhum […] Façamos nós por nossas mãos / Tudo que a nós nos diz respeito”), os foliões devem esperar hits como “Coração Vermelho”, de Fafá de Belém.
(Vídeo: YouTube/Igor Silva)
Já no dia 4 de março, será a vez do brasiliense KGBloco Soviético estrear no Parque da Cidade, com a proposta de sambar com “gente ideologicamente semelhante”.
A ideia partiu de um grupo de estudantes de Humanas da Universidade de Brasília (UnB) em contraposição ao Aliança Pela Liberdade, movimento carnavalesco de direita, também de alunos da universidade.
“Cadê bloco soviético aqui no DF? Quero beijar uns comunistas no carnaval, porque no ano passado até gente da Aliança Pela Liberdade eu beijei, não quero correr esse risco novamente. Vamos organizar um aqui”, escreveu Robert Rezende, da faculdade de Filosofia, em uma publicação no Facebook que deu origem à iniciativa.
Mais informações:
Bloco Soviético de São Paulo: sábado, 18 de fevereiro, concentração a partir das 14h. Saída do Tubaína Bar – rua Haddock Lobo, 74, Bela Cintra.
Bloco Vermelhim, de Belo Horizonte: todo dia 17 de fevereiro, às 17h (incluindo esta sexta). Saída da Praça Sete, centro da capital mineira.
KGBloco Soviético, de Brasília: sábado, 4 de março, às 14h. Saída do Parque da Cidade, estacionamento 10.
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