Rússia e Índia são parceiros privilegiados, diz Pútin

Foto: TASS

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Desde 2000, o intercâmbio comercial entre os dois países aumentou quase 500%. Presidente russo reuniu-se com primeiro-ministro indiano em Nova Déli.

As relações entre Rússia e Índia têm caráter de parceria privilegiada, destacou o presidente russo Vladímir Pútin durante visita oficial a Nova Déli. Este ano é especial nas relações entre os dois países pois marca o 65º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas.

O alargamento da cooperação comercial e econômica foi o tema principal discutido entre os chefes de Estado dos dois países durante a visita de Pútin ao país. Desde 2000, o intercâmbio comercial entre Rússia e Índia aumentou quase 500%.

“Em 2011, o volume do comércio bilateral constituiu quase US$ 9 biliões. Esperamos que em 2012 este montante atinja US$ 10 bilhões, número que devemos duplicar nos próximos anos. Destaque-se que artigos de alta tecnologia predominam na estrutura das importações e exportações entre os dois países, constituindo aproximadamente 50% das duas partes”, destacou Pútin.

“Neste ano, as exportações russas de máquinas, equipamentos e produtos químicos para o mercado indiano cresceram 40%. Já fizemos um acordo para contribuir para o alargamento da cooperação na área dos investimentos. Não duvido que o memorando assinado entre o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia e o Banco Nacional da Índia irá garantir estímulos adicionais para dinamizar a cooperação mutuamente vantajosa, inclusive entre pequenas e médias empresas.”

Energia

Os programas de energia nuclear são um ponto importante da cooperação entre os dois países. Nas palavras do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, estes trabalhos são um momento-chave.

“A Índia avalia altamente o apoio de especialistas russos ao projeto de usina nuclear de Kudankulam”, disse Singh.

A parte russa, como assinalou o dirigente da corporação Rosatom, Serguei Kirienko, mostrou o seu melhor lado nesse empreendimento:

“Esse projeto ultrapassa de longe todas as exigências formuladas após a tragédia em Fukushima, que devem ser observadas em quaisquer novas obras atômicas. Foram efetuados testes de emergência especiais. Se Fukushima fosse uma usina como esta, ela teria resistido facilmente ao terremoto e ao tsunami porque dispõe de altíssimo nível de autonomia. Tem um número colossal de sistemas ativos e passivos de segurança.”

As maiores companhias russas são hoje representadas na Índia: no setor metalúrgico estão sendo implementados projetos de construção de empresas em Bhilai, Rourkela e em outras regiões. A companhia russa Severstal colabora com a parte indiana na criação de uma joint venture metalúrgica de pleno ciclo. As seguradoras russas Ingosstrakh e Rosno também trabalham no mercado indiano.

São importantes também outros projetos conjuntos, entre eles a exploração dos campos de petróleo e de gás Sacalina 1.

A parte indiana assinala que importantes acordos na área da cooperação técnico-militar estão sendo concluídos.

Atenção especial na cooperação bilateral também é dispensada à atividade conjunta no quadro de associações globais como o Brics, OCX, RIC (Rússia, Índia, China), G20 e de outras organizações internacionais.

 

Publicado originalmente no site da rádio Voz da Rússia

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