Foto: AP
A última sexta-feira (14) começou agitada para a presidente Dilma Rousseff, que estava completando 65 anos de idade durante sua visita a Moscou. Pela manhã, Dilma prestou homenagens no monumento do soldado desconhecido, participou de um fórum empresarial e, na sequência, teve um almoço oficial com o presidente russo, Vladímir Putin, no Kremlin.
“Tivemos hoje uma conversa muito produtiva sobre os principais temas da agenda internacional a começar pela situação financeira global”, declarou a presidente, ao comentar o fato de a Rússia ter assumido a presidência do G20 no dia 1° de dezembro. “É primeira vez esse grupo é presidido por um dos Brics.”
Os acordos estabelecidos irão aprofundar os diálogos políticos bilaterais por meio do fortalecimento de ações perante a ONU e da consolidação do Brics, bem como o consolidação do grupo e sua influência na construção de um mundo multipolar.
Entre os compromissos estabelecidos, foi assinada uma cooperação que visa a troca de informações sobre defesa e o fortalecimento das relações de confiança entre ambas as partes.
Também foi abordada a parceria na organização de grandes eventos esportivos, considerando que os dois países sediarão campeonatos internacionais de grande importância nos próximos anos, como a Copa do Mundo em 2014 no Brasil, os Jogos Olímpicos em 2016 no Rio de Janeiro e Copa do Mundo em 2018 na Rússia.
Ao todo sete acordos foram assinados, além da venda para o Brasil de 14 helicópteros da empresa Russian Helicopters no valor de quase 200 milhões de dólares. Todos os compromissos vigoram no período entre 2013 e 2015.
No final do dia, a presidente concedeu uma entrevista no saguão do hotel onde estava hospedada e falou com os jornalistas sobre a satisfação dos acordos assinados. Dilma também comentou sobre o embargo da carne brasileira, que continua suspenso.
“Eles estão completando uma análise do que nós mandamos para cá. Já enviamos todas as informações e acreditamos que será suspensa tão logo eles completem essas análises“, declarou Dilma.
Por último, a presidente falou sobre a posição do Brasil em relação ao conflito na Síria, afirmando que “o Brasil é extremamente pessimista no que se refere a soluções militares para conflitos militares”. Segundo Dilma, essas tentativas estão fadadas ao fracasso, como observado no Iraque e Afeganistão.
“Nós, brasileiros, somos pacíficos e vivemos em paz com nossos vizinhos. Portanto, defendemos que o conflito sírio seja resolvido pelos sírios. A solução deve ser diplomática através do diálogo e nós apoiamos o alto representante da ONU nessa questão”, finalizou a presidente.
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