Foto: RIA Nóvosti
O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) e a empresa Accenture elaboraram um índice de eficiência dos setores energéticos nacionais de 105 países para ver em que medida seus sistemas contribuem para o desenvolvimento econômico e como prejudicam o meio ambiente e a segurança energética.
Entre os países com os sistemas mais avançados estão Noruega, Suécia, França, Suíça, Nova Zelândia, Colômbia, Letônia, Dinamarca, Espanha e Reino Unido. Os países com os sistemas menos eficazes são a Etiópia, Tanzânia, Líbia, Moçambique, Nepal, Mongólia e Bahrein.
A Rússia ocupa a 27ª posição. A maioria dos países do Brics segue abaixo: a África do Sul, em 59º, Índia, em 62º, China, em 74º. Só o Brasil está à frente, em 21º lugar.
Os EUA ocupam a 55ª colocação, enquanto a maioria dos países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fecha a tabela: a Arábia Saudita ocupou a 82ª posição e o Irã, a 96ª.
O estudo aponta entre as vantagens da Rússia o elevado nível de eletrificação, a independência das importações de matéria-prima, o alto custo de exportações e a indústria atômica desenvolvida. Dentre as desvantagem do país constam o elevado consumo de energia por unidade do PIB e baixos padrões ambientais para as emissões de substâncias nocivas.
Um analista do banco Nomos-Bank assinala ainda a baixa participação de carvão e óleo combustível no balanço energético nacional.
As economias em rápido desenvolvimento e os países industrializados, assim como os países ricos em recursos, tendem, muitas vezes, a sacrificar a eficiência ambiental e energética, subsidiando o consumo doméstico, salienta o estudo.
Em 2011, os subsídios ao setor energético subiram 30%, para US$ 523 bilhões, afirma a AIE (Agência Internacional de Energia). Segundo a WEF, os subsídios distorcem os preços.
Em 2011, os investimentos globais em fontes de energia renováveis totalizaram US$ 88 bilhões, ante US$ 523 bilhões gastos com os subsídios ao setor energético, diz a AIE. Na Rússia, os preços internos do gás são contidos pelas tarifas, enquanto os de petróleo, pelos impostos de exportação, adianta o analista do Nomos-Bank.
Reestruturação
A contribuição do setor energético para o desenvolvimento econômico irá mudar, promete a AIE.
Segundo a agência, em 2020, os EUA serão o maior produtor de petróleo do mundo. Além disso, a China irá reduzir 16% seu consumo de energia por unidade do PIB até 2015, a União Europeia diminuirá 20% a demanda de recursos energéticos até 2020 e o Japão reduzirá 10% o consumo de energia elétrica até 2030, aponta a agência.
O objetivo da reestruturação da arquitetura energética é estimular o crescimento econômico, garantir a segurança e o acesso igual dos países às fontes de energia, concluem os autores do estudo.
"Às vezes é preciso sacrificar alguma coisa para preencher três condições básicas: diversificação e energia barata e limpa", salienta o estudo.
Para ver o artigo na íntegra em russo, acesse: http://www.vedomosti.ru/finance/news/7079441/arhitektura_teka#ixzz2EpHh5e1f
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