“Governo responsável deve reconhecer tanto os êxitos como os erros”, diz Medvedev

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Em entrevista a canais de televisão russos, primeiro-ministro afirmou que a Rússia não pretende entrar em guerra com nenhum país, apesar do aumento dos gastos militares; segundo Medvedev, os gastos militares estão crescendo devido à necessidade de garantir a segurança da Rússia e não porque o país se prepara para uma guerra.

O primeiro-ministro russo, Dmítri Medvedev, respondeu nesta sexta-feira, ao vivo, a perguntas de jornalistas de cinco canais de televisão russos. 

Partidos políticos

Medvedev disse ter certeza de que a Rússia pode contar com dezenas de partidos, capazes de exercer influência sobre a conjuntura política.

"Estou convencido de que, depois de acabada a reforma do sistema partidário, algumas dezenas de partidos serão capazes de influenciar o cenário político", realçou Medvedev.

O aumento do número de partidos, adiantou, comprova o fato de os russos "desejarem ver novas forças políticas".

Entidades de direitos humanos

Na entrevista, Medvedev afirmou respeitar a atividade desenvolvida por organizações de diretos humanos.

"Tivemos algumas divergências e, por vezes, houve polêmicas, mas em geral posso dizer que a atividade dessas instituições têm sido útil para o país", disse.

Serdiukov

Para o primeiro-ministro, o ex-ministro da Defesa, Anatóli Serdiukov, trabalhou de forma eficaz.

“Ele lançou a reforma militar e durante sua permanência no cargo começou a mudar a forma das forças armadas”, disse.

Segundo o primeiro-ministro, o ex-ministro da Defesa não conseguiu mudar o estatuto social do militar para começar a lidar com o problema “mais doloroso”, o de fornecer habitação para os militares.

Rússia não pretende entrar em guerra

Segundo Medvedev, a Rússia não pretende entrar em guerra com nenhum país, apesar do aumento dos gastos militares.

O primeiro-ministro disse que os gastos militares estão crescendo devido à necessidade de garantir a segurança da Rússia e não porque o país se prepara  para uma guerra.

Os gastos militares russos são menores do que os gastos em educação e medicina, notou Medvedev.

“Precisávamos aumentar os salários dos militares porque eles não eram competitivos em relação às condições salariais no país. Também tivemos de enfrentar a questão do fornecimento de habitação para os militares,” disse Medvedev.

Êxitos e erros

Medvedev acredita que um governo deve saber admitir seus erros.

“Um governo responsável deve reconhecer os pontos em que teve sucesso e os  que não teve sucesso completo,” disse.

Segundo ele, as autoridades deveriam saber reconhecer êxitos como a política demográfica, bem como certas deficiências, como o sistema de pensões.

“No que diz respeito à pensão acumulada, não houve sucesso completo. A ideia inicialmente era natural, mas, com toda a probabilidade, as previsões em que foi baseada não se concretizaram,” disse o primeiro-ministro.

Reforma das pensões

As primeiras decisões sobre a reforma das pensões serão implementadas já no início do próximo ano, afirmou Medvedev.

Ele observou que cada cidadão deve ter a possibilidade de decidir se quer acumular fundos para a aposentadoria por conta própria ou se restringir às comissões estaduais.

Ele também disse que, pela primeira vez em muitos anos, a Rússia terá um crescimento populacional, o que foi possível graças às medidas adotadas pelo governo nos últimos seis anos, sublinhou o primeiro-ministro.

Publicado originalmente no site da rádio Voz da Rússia 

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