Polêmica envolvendo hijab retoma apoio ao uniforme escolar

Foto: Oksana Iushko

Foto: Oksana Iushko

Controvérsia em torno do uso do véu islâmico em Stávropol, no sudoeste da Rússia, gerou a desaprovação da maioria dos russos em relação à manifestação de convicções religiosas nas escolas, de acordo com pesquisa publicada na última quinta-feira (8).

Em outubro passado, várias famílias muçulmanas do distrito de Neftekumsk apresentaram uma denúncia junto ao Ministério Público, uma vez que suas filhas foram proibidas de frequentar a escola usando hijabs.

No entanto, os promotores classificaram a proibição de hijab como “sensata” e em conformidade com a legislação russa.

Paralelamente, uma pesquisa conduzida pela Centro Russo de Estudos da Opinião Pública (VTsIOM, na sigla em russo) demonstrou que a reintrodução do uniforme escolar em nível nacional foi apoiada por 54% dos entrevistados. Apenas um em cada 10 russos acredita que a decisão deve ser feita pelos pais.

Os moradores de Moscou e São Petersburgo apresentaram o mais alto índice de oposição à demonstração de filiação religiosa nas escolas, num total de 76%, enquanto a média nacional girou em torno de 53%.

Apesar de a maioria dos russos ter apoiado a ideia de adotar um uniforme escolar, manifestada pelo presidente Vladímir Pútin logo após a controvérsia na região de Stávropol vir à tona, o ouvidor da presidência Pável Astakhov tomou uma posição contrária no conflito.

Segundo ele, os princípios da escola “foram longe demais” e violaram os direitos das crianças à liberdade de consciência.

No total, 71% dos entrevistados tinha ouvido falar sobre a polêmica na instituição de ensino em Stávropol.

Publicado originalmente pelo The Moscow News

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