Serguêi Choigu (à esq.) e Anatóli Serdiukov (à dir.) Foto: RIA Nóvosti
O presidente da Rússia, Vladímir Pútin, demitiu o ministro da Defesa, Anatóli Serdiukov, devido a uma fraude milionária que envolve uma empresa controlada pelo ministério. Em seu lugar, Vladímir Pútin nomeou Serguêi Choigu, ex-ministro de Situações de Emergência e atualmente governador da região de Moscou.
Anatóli Serdiukov ocupava o cargo de ministro da Defesa da Rússia desde fevereiro de 2007. Ele foi o segundo chefe da sede russa que não serviu nas tropas. Antes disso, Serdiukov trabalhou como economista no Seviço Federal de Impostos da Rússia. Serdiukov realizou uma das reformas mais profundas do exército do país, que é criticada por muitos especialistas militares.
A declarção foi feita nesta terça-feira (6) durante um encontro com o ex-governador da região de Moscou, Serguêi Choigu.
Segundo investigações, funcionários da empresa Oboronservice, controlada pelo Ministério da Defesa, “participaram de esquemas de corrupção que causaram prejuízos de US$ 3 bilhões”.
Pútin confirmou que demissão do ministro é relacionada com o escândalo.
Serguêi Choigu nasceu em 1955 na URSS. De janeiro de 1994 a maio de 2012 foi ministro para Situações de Emergênica da Rússia. Em maio de 2012, foi designado governador da região de Moscou. Membro do Conselho Alto do partido Rússia Unida, é casado e tem duas filhas.
“Tendo em conta a situação com o Ministério de Defesa, tomei a decisão de demitir Anatóli Serdiukov, para criar condições para uma investigação objetiva”, disse o presidente.
No pronunciamento, Pútin sublinhou a importância da reforma do exército realizada por Serdiukov e pediu ao novo ministro Choigu para continuá-la.
“O Ministério da Defesa deve ser encabeçado por uma pessoa capaz de continuar o desenvolvimento dinâmico das Forças Armadas, a modernização do exército e garantir o cumprimento de todos os contratos militares federais”, declarou Pútin.
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