“A demanda por objetos requintados não diminuiu nada”, reconhece o proprietário da casa de leilões Sovkom, Iúri Tiukhtin. “Nossos clientes estão agora procurando obras-primas, tanto pinturas clássicas do século 19 como quadros mais recentes do século 20”, continua.
O negociador de objetos antigos acredita que os colecionadores sérios querem obter não apenas um nome, mas artigos com qualidade de museu. Segundo Tiukhtin, as chamadas “vendas diretas”, isto é, leilões com obras de custo muito baixo, não são mais realizadas na Sovkom, pois não há demanda por tais itens.
A diretora da galeria Elysium, Marina Molchanova, concorda que há certa preferência por objetos caríssimos, mas lembra que, sem exposições temáticas, eventos, publicações, “fica cada vez mais difícil atrair pessoas para comprar obras de arte”.
“Os consumidores de hoje são mais jovens. Apareceram pessoas bem informadas, que leram um grande número de livros de referência”, comenta a proprietária de outra galeria de arte, Elena Zenina.
Ambas acreditam que os clientes se tornaram muito mais exigentes e, portanto, interessados em obras de nível muito alto. “Trabalhar se tornou, naturalmente, mais complicado, porém mais interessante”, completa Zenina.
Os gostos dos colecionadores realmente mudaram, reitera a diretora da galeria Vellum, Liubov Agafonova, dando o exemplo dos inconformistas dos anos sessenta, que até recentemente eram populares, mas quase não são procurados hoje em dia. “Em minha opinião, o segmento mais promissor é a arte da segunda metade do século 20”, afirma Agafonova.
Publicado originalmente pela rádio Voz da Rússia
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