Foto: mid.ru
No recente Congresso das Comunidades Russas, o governo russo, com a ajuda de organizações de expatriados, estabeleceu novas metas e o abandono do modelo paternalista de interação, que se limitava à prestação de ajuda humanitária aos veteranos de guerra e financeira aos mais necessitados.
“A maioria esmagadora dos expatriados se estabelece nos países de residência e quer ter direitos iguais aos dos cidadãos locais”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguêi Lavrov, em visita à redação do jornal “Rossiyskaya Gazeta” na última segunda-feira (22).
Segundo o ministro, o objetivo é consolidar as comunidades russas em cada país para que possam defender seus direitos de maneira mais eficaz. “Verificamos certa discriminação em relação à população de origem russa não só na Letônia e Estônia, como também em outros países europeus”, acrescentou Lavrov.
Esse tema é visto pela comissão governamental para os assuntos das comunidades russas no exterior como extremamente importante. Embora a ajuda humanitária permaneça, os principais esforços estão sendo atualmente voltados para consolidar as organizações de expatriados russos no exterior e garantir os exercício de cidadania desses cidadãos nos assuntos internos nos países onde vivem.
“Além da criação de um portal na internet para a referida comissão, editamos regularmente livros da série ‘Os russos em ...’”, disse Lavrov. Entre os locais onde esse livros já foram idealizados, estão Alemanha, Síria, Inglaterra e EUA.
O projeto “Escola Russa no Exterior”, prestes a receber o financiamento, também tem como objetivo estabelecer em cada país da CEI (Comunidade de Estados Independentes) pelo menos uma escola onde o ensino seja ministrado segundo os padrões adotados na Rússia.
“Gostaríamos de implantar mais de uma escola e isso será feito à medida que as verbas para o projeto forem sendo disponibilizadas”, diz o chanceler russo. No futuro, o programa poderá ser estendido também a outros países com grandes comunidades russas.
Quanto ao retorno dos capitais e dos cérebros, esse assunto não é da competência de nossa comissão. Acho que nesse caso as medidas disciplinares não terão efeito. O mesmo pode ser dito sobre o retorno dos cérebros. Os cérebros e os capitais irão voltar quando virem que, na Rússia, há possibilidades para sua aplicação produtiva e rentável. Compete a todo o governo resolver esse problema. O gabinete de ministros e a liderança do país estão conscientes disso. Um das provas disso são os esforços desenvolvidos pelo presidente russo no sentido de promover um ambiente facilitador para o empreendedorismo. O importante é fazer com que as metas traçadas sejam cumpridas.
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