Goldman Sachs coloca suas fichas no rublo

Foto: RIA Nóvosti

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Analistas acreditam que altos preços de petróleo, abrandamento da política monetária na Europa e nos EUA, e queda na redução de capital são sinais do sucesso da moeda russa, o rublo, e esperam reforço na sua cotação.

Para especialistas do banco de investimento Goldman Sachs, no curto prazo, o rublo vai se beneficiar dos preços do petróleo e dos acontecimentos na economia global. 

A flexibilização iminente da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal, a contenção da taxa de juros ao nível mínimo, e o aumento de taxas pelo Banco Central Russo tornam as obrigações governamentais russas mais lucrativas do que as estrangeiras.

"Essa previsão poderá tornar-se realidade apenas quando o preço do barril de petróleo chegar a US$ 130", acredita Natália Orlova, economista-chefe do Alfa-Bank, um dos maiores bancos russos.

De acordo com a Goldman Sachs, no terceiro trimestre de 2013, o barril de petróleo Brent custará mais de US$ 130 (na semana passada, o preço chegou a quase US$ 115). 

Além disso, o superávit das operações atuais, que, de acordo com a banco americano, atingirá 32 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2012, também ajudará ao rublo.

Embora os últimos dados mostrem uma desaceleração no crescimento dos investimentos e no consumo, os especialistas da Goldman Sachs acreditam que isso não será uma tendência, porque os salários reais crescem quase duas vezes mais r[apido do que os gastos.

"Hoje, a economia russa parece favorável: o nível de dívida é baixo, há rentabilidade e o capital começa a entrar no país”, diz o diretor do departamento de vendas do banco ING, Stanislav Iaruchévitchus. 

O Goldman Sachs não é o primeiro banco que previu um fortalecimento do rublo. Em setembro, analistas do JPMorgan propuseram ao mercado a abertura de contas no longo prazo em rublos. 

Os argumentos de ambos os bancos de investimento são semelhantes: a moeda russa é relativamente barata em relação ao preço do petróleo (a previsão do JPMorgan é de aumento de US$ 95 para US$ 109 o barril no terceiro trimestre, e de US$ 100 a US$ 105 no quarto trimestre), obrigações federais estão disponíveis e a balança comercial está melhorando.

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