Ilustração: Divulgação
O montante de empréstimos perdoados cresceu US$ 4 bilhões ao longo dos últimos quatro anos, desde julho de 2008, segundo informações do jornal “Gazeta.ru”.
“Por enquanto, amortizamos a parte principal da dívida dos Estados africanos, que ultrapassa os US$ 20 bilhões”, disse Sergueiev, responsável pelo departamento de organizações estrangeiras do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
O gesto generoso veio na sequência de algumas iniciativas semelhantes anunciadas recentemente, incluindo os US$ 11 bilhões de dívidas perdoadas para a Coreia do Norte, os US$ 12 bilhões para o Afeganistão e os US$ 7,8 bilhões para o Irã.
Os países africanos, contudo, têm se mostrado alvo principal da amortização de dívidas promovida pela Rússia.
O país ratificou acordos bilaterais com a Zâmbia e Tanzânia, concedendo a esses Estados o direito de utilizar o valor da dívida para financiar projetos agrícolas, sanitários e educacionais, de acordo com Sergueiev.
“Estamos em negociações sobre acordos semelhantes com Benin, Moçambique e Etiópia”, acrescentou o funcionário do ministério.
Os US$ 50 milhões dedicados ao fundo do Banco Mundial vão ajudar os Estados subsaarianos e outros países em necessidade.
O potencial doador da Rússia foi um dos motivos citados pelo governo russo para justificar que a presença da USAID (agência norte-americana que apoia grupos pró-democracia e projetos de direitos humanos) no país não é mais necessária.
A UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) também vai parar de operar na Rússia em 2013 pelas mesmas razões, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Publicado originalmente pelo The Moscow News
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