Vepr-12 Foto: molot.biz
Baseados no design da submetralhadora Kalashnikov, os fuzis de assalto Vepr-12 ganharam aceitação internacional e deverão, em breve, compor o arsenal de 17 países da Otan.
As negociações sobre os fornecimentos dos Vepr às Forças Armadas dos países da União Europeia e da Otan começaram já na segunda metade deste ano.
“É uma das melhores versões do sistema para o combate de proximidade”, disse à rádio Voz da Rússia o primeiro vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov.
“Pelo critério de custo-eficácia o nosso sistema de armamento é bastante superior às armas ocidentais. Do ponto de vista de confiabilidade, o Vepr se distingue por sua alta confiabilidade e qualidade”, afirmou o vice-presidente da Academia.
O fuzil é destinado ao uso de forças especiais em espaços fechados. “Aparentemente, ele será adaptado para o cartucho usado na Otan em sistemas de armamentos da mesma finalidade. A principal área de aplicação deste fuzil deverão ser as forças especiais e forças policiais”, acrescentou Sivkov.
O número de membros da Otan que deram consentimento prévio ao uso do fuzil russo representa mais de metade dos integrantes da Aliança, o que é um fato inédito.
Até o momento, a Otan só havia encomendado armas ligeiras à Rússia quando os americanos compraram vários milhares de fuzis automáticos Kalashnikov para combater o exército afegão.
Parte dos armamentos soviéticos, especialmente nos países que faziam parte do Pacto de Varsóvia, estão sendo atualizados no âmbito do programa da Otan. Em condições de crise, muitos países não têm dinheiro para comprar armas ocidentais, enquanto as armas russas – e às vezes superiores em qualidade – custam muito menos.
Na Grécia, por exemplo, todo o sistema de defesa antimíssil se baseia nos sistemas russos Buk-M1 e Tor-M1. “A Turquia também compra nossos veículos blindados e Kalashnikovs”, diz enfatiza o editor-chefe da Revista Militar Independente, Viktor Litóvkin.
“Os países da Otan, especialmente da Europa Oriental, estão atualizando seus armamentos com a nossa ajuda, porque eles usavam o equipamento militar soviético. É também o caso da Hungria, República Tcheca e Bulgária”, finaliza Litóvkin.
Originalmente publicado no site Voz da Rússia
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