Foto: Alamy / Legion media
A Rosneft está negociando a construção de um oleoduto do porto de Beira, em Moçambique, até o Zimbábue, com a instalação de um grande depósito em Harare, informou à agência ITAR-TASS o assessor do presidente da petrolífera, Roman Trotsienko.
“Os documentos legais, o acordo para criação de uma joint venture e todas as autorizações necessárias para abertura do oleoduto estarão prontos até o final do ano”, disse Trotsienko.
O projeto é bastante complexo do ponto de vista jurídico, pois haverá
necessidade de realizar um acordo intergovernamental envolvendo seis nações.
Ainda assim, Trotsienko acredita que a participação da Rosneft no projeto de construção do oleoduto é necessária por causa da sobrecarga da infraestrutura existente. O projeto também permitirá à petrolífera russa abrir um novo mercado para seus derivados do petróleo.
“Já temos a permissão de Moçambique”, disse Trotsienko. Neste país, a Rosneft será a única proprietária do oleoduto; já no Zimbábue, uma parte pertencerá a uma joint venture.
O custo da primeira etapa, que prevê apenas a instalação da tubulação, ficará em torno de 700 milhões de dólares. O investimento será garantido pela Agência Russa de Seguro de Créditos e Investimentos para Exportação.
Trotsienko visitou a África do Sul, Zimbábue e Moçambique, como integrante da delegação oficial do ministro da Indústria e do Comércio, Denis Manturov, que negociou a ampliação da presença de empresas russas na África.
A expectativa é que o trabalho de criação de uma comissão intergovernamental russo-zimbabuana seja retomado.
Por enquanto, a Rosneft tem apenas um ativo na África. Na joint venture com a “Stroitransgaz” e com a estatal Sonatrach, está sendo feita a prospecção geológica de blocos na Argélia.
Originalmente publicado pelo jornal Kommersant
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