Foto: navalnycard.ru
Os planos do ativista Aleksêi Naválni de lançar um
cartão de débito que doaria uma porcentagem de todas as transações para seu
trabalho de combate à corrupção foram congelados após o banco por trás do
projeto desistir da ideia, informou uma fonte ligada ao líder da oposição.
“O banco decidiu não dar sequência ao projeto”, afirma Vladímir Achurkov,
executivo-chefe do Fundo Anticorrupção de Naválni, sem especificar o nome da
instituição financeira envolvida no caso. “Entendo que eles estavam com receio
dos complicações políticas.”
O lançamento do cartão co-branded, concebido como mais um instrumento para
os manifestantes anti-Pútin, estava marcado para o início deste ano, mas foi
adiado indefinidamente.
“Conversamos com outros bancos, mas não há nenhum plano concreto”, disse Achurkov
nesta sexta-feira (5).
O projeto não foi originalmente idealizado por Naválni, e sim proposto pelo banco que agora abandonou a ideia, acrescentou Achurkov. O Fundo Anticorrupção fez comentários sobre a identidade da instituição financeira que sugeriu o esquema, dizendo apenas que trata-se de um dos 100 principais bancos do país.
Porém, o bilionário e proprietário do Banco Nacional da Reserva, Aleksandr Lebedev, havia dito, em uma entrevista ao jornal Izvéstia no mês de julho, que sua instituição, classificada pelo Allbanks.ru como a 98o maior do país pelo volume de ativos, mantinha negociações para lançar o cartão.
A pressão sobre Lebedev, que também detém participação em empresas nos setores de agricultura, construção e mídia, parece aumentar, e ele declarou no mês passado que pretendia reduzir sua escala de negócios na Rússia.
O Banco Nacional da Reserva, contudo, ainda tem planos de lançar o “cartão Naválni”, disse o porta-voz de Lebedev, Artiom Artiomov, na última sexta-feira.
“O banco tem muitos projetos, e esse é um deles”, disse. “A ideia está em processo de desenvolvimento.”
Originalmente publicado pelo The Moscow Times
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