Foto: eng.kremlin.ru
“Apesar de a economia russa apresentar uma dinâmica positiva, não temos mais soluções simples para manter o crescimento econômico”, disse Vladímir Pútin durante o fórum de investimento “Rússia chamando”, realizado entre 2 e 4 de outubro em Moscou.
O presidente advertiu que, embora as receitas obtidas com as vendas externas do petróleo e gás representem a maior parсela na estrutura do PIB, seria imprudente continuar apostando nessa fonte de renda no futuro.
“Crescimento econômico contínuo só é possível por meio de grandes investimentos para criar novas indústrias, modernizar as já existentes e desenvolver capital humano. O principal desafio agora é criar condições para ampliar novos setores da economia”, completou o presidente.
Nesse sentido, Pútin declarou que serão feitas emendas ao Código Tributário com objetivo de facilitar o investimento na economia russa, manter o componente de capitalização das pensões e garantir que o os recursos financeiros dos diversos fundos, como os Fundos de Private Equity, sejam injetados em projetos de infraestrutura.
Segundo ele, o governo já disponibilizou cerca de US$ 270 milhões para projetos de investimento e captou aproximadamente US$ 830 milhões com investidores privados.
As reformas prometidas por Pútin devem ajudar a atrair investimentos no valor equivalente a 25% do PIB até 2015, criar 25 milhões de empregos em 8 anos e a aumentar em 50% a produtividade do trabalho até o final de seu mandato presidencial em 2018.
Alguns especialistas afirmam que o discurso de Pútin estão de acordo com as promessas feitas durante a campanha eleitoral no início do ano. “As alterações no Código Tributário são um bom plano para o futuro. Até hoje, não houve nenhuns avanços nesse sentido”, disse em entrevista à revista Expert o copresidente da associação “Rússia Empresarial”, Anton Danilov-Danilian.
O analista da companhia de gestão Kapital, Vadim Soskov, acrescenta que a decisão de manter o componente de capitalização das pensões é importante tanto para a infraestrutura como para os trabalhadores, que continuarão em demanda no mercado de trabalho após se aposentar, além de aliviar a pressão sobre o orçamento do Estado.
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