Vândalos serram cruz de memorial a Raspútin

Grigóri Raspútin Foto: wikipedia.org

Grigóri Raspútin Foto: wikipedia.org

Na última segunda-feira (24), delinquentes não identificados atacaram uma cruz de madeira dedicada ao místico ortodoxo Grigóri Raspútin na antiga residência da família imperial da Rússia, localizada ao sul da cidade de São Petersburgo. Incidente envolvendo cruzes não é o primeiro das últimas semanas.

Os seguranças do local, atualmente um museu a céu aberto, disseram à agência Interfax que os agressores levavam consigo uma serra e que a cruz danificada havia sido levada ao museu para ser mantida sob custódia.

Os guardas esclareceram que não tinham responsabilidade de vigiar o memorial, pois o monumento havia sido misteriosamente erguido nos arredores da propriedade há sete anos sem a permissão das autoridades do museu.

Raspútin, que ganhou reputação de vidente e curandeiro no início do século 20 e tornou-se um conselheiro pessoal da mulher do último tsar russo, Nikolai II, é uma figura polêmica.

As circunstâncias de seu assassinato no palácio da família Iusupov, também em São Petersburgo, no ano de 1916, permanecem indefinidas até os dias hoje.

Após sua morte, a família imperial permitiu que Raspútin fosse enterrado no campanário da propriedade Tsarskoie Selo, mas seus restos mortais foram posteriormente removidos, cremados e jogados em outro local depois da Revolução Russa de 1917.

O ataque de segunda-feira ao memorial Raspútin repete uma série de episódios do gênero ocorridos ao longo das últimas semanas.

No dia 3 setembro, vândalos derrubaram uma cruz ortodoxa na república de Altai e outras nove na região de Leningrado. Nenhum dos autores foi identificado.

Em um incidente isolado no mês de agosto, uma ativista do grupo feminista ucraniano Fêmen serrou uma cruz de madeira em Kiev em protesto à condenação de três integrantes da banda punk Pussy Riot, que haviam feito críticas às autoridades dentro da principal catedral de Moscou. 

Originalmente publicado pelo The Moscow Times

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