Ministério pede reforço da segurança de diplomatas no exterior

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia Foto: TASS

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia Foto: TASS

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia deseja reforçar a segurança das missões diplomáticas russas em regiões onde são prevalentes problemas políticos internos, ameaça de desastres naturais, atividades terroristas e crime internacional.

O documento que dispõe as medidas para fortalecer a infraestrutura das missões diplomáticas no exterior vai permanecer em vigor até 2020. O projeto sugere a compra de terrenos para a construção de novas instalações nos países que enfrentam dificuldades sociopolíticas e equipá-las com recursos de segurança modernos.

Veículos blindados e meios de defesa individual também estão sendo considerados pelas autoridades. “Esse conceito sintetiza a experiência positiva acumulada pelas missões russas em regiões críticas”, disse uma fonte da embaixada russa em Trípoli, acrescentando que os funcionários da ONU e das embaixadas dos países ocidentais na Líbia se deslocam pelo país em blindados.

“Mas só podem ser usados meios de autodefesa permitidos pela lei local. É difícil imaginar que os diplomatas passeiem pela cidade armados com fuzis”, rebate o secretário do Conselho da Federação (senado russo) para a cooperação com a Assembleia Nacional do Afeganistão, Viatcheslav Nekrásov.

“Na melhor das hipóteses, poderão levar consigo um spray de pimenta”, disse Nekrásov”, acrescenta, ao retirar a necessidade de equipar o pessoal das missões russas com coletes à prova de balas.

O órgão não descarta a hipótese de contratar empresas de segurança locais para proteger as missões russas e áreas de residência de seus funcionários no exterior. 

“No Afeganistão, por exemplo, um grupo de especialistas nossos trabalha na reconstrução da usina hidrelétrica Naglu, onde há várias zonas de segurança. Na primeira delas, a segurança está a cargo do exército afegão; na segunda, de uma empresa de segurança privada. Já no interior, o resguardo é feito por guardas russos”, explica .

É possível que, em um futuro próximo, as empresas de segurança privadas russas também recebam permissão para cuidar da segurança das embaixadas russas. Segundo declaração recente do vice-primeiro-ministro, Dmítri Rogózin, essa questão será examinada na próxima reunião da comissão de desenvolvimento da indústria bélica.

O senador também considera importante criar as chamadas zonas de exclusão à volta das missões russas no exterior.  Os seguranças das embaixadas norte-americanas, por exemplo não permitem que estranhos se aproximem do prédio de sua missão a uma distância inferior a 500 metros.

Por fim, o presente documento prevê ainda a instalação de um sistema de comunicação celular fechado para uma coordenação mais rápida das ações em situações de crise causadas inclusive por desastres naturais e acidentes de origem tecnológicas. Trata-se dos chamados canais de comunicação fechados que utilizam codificadores e decodificadores.

Originalmente publicado pelojornal Izvéstia

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