Foto: Iúri Zaritóvski / RIA Nóvosti
A múmia, um objeto de adoração para o povo indígena de Altai, foi levada nesta quinta-feira (20) a Gorno-Altaisk por um helicóptero, acompanhada pelo ministro regional da cultura Vladímir Kontchaiev. Na cidade foi recebida pelo primeiro vice-premiê da república de Altai, Iúri Antaradonov, legisladores, jornalistas e público em geral.
Após uma breve cerimônia de boas-vindas, a princesa de 25 mil anos foi levada ao Museu Nacional da República de Altai, onde ficará em exposição. A inauguração oficial do museu está prevista para 26 de setembro.
A múmia foi encontrada em 1993 juntamente com seis cavalos durante escavações nas terras congeladas do planalto Ukok, em Altai, perto da fronteira com a Mongólia. Desde então, o corpo permanecia no Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk, onde pesquisadores conduziram vários estudos.
Nada se sabe sobre sua verdadeira história, mas os testes de DNA e a reconstrução de seu rosto indicam que a princesa tinha origem europeia, e não asiática.
Ao encontrarem o corpo mumificado nas fronteiras da China e Mongólia, os pesquisadores chegaram a supor que poderia se tratar de uma descendente cita, antigo povo iraniano de pastores nômades equestres.
Em junho de 2006, os arqueólogos Viatcheslav Molodin, primeiro vice-presidente da sucursal siberiana da Academia de Ciências da Rússia, e Natália Polosmak, pesquisadora-chefe do Instituto de Arqueologia e Etnografia de Novosibirsk, venceram o Prêmio de Estado da Rússia pela descoberta preciosa.
O povo de Altai acredita que a princesa é uma ancestral da humanidade. Desde que foi descoberta, eles insistem que o corpo mumificado deveria ser levado de volta para sua terra natal.
Os pesquisadores siberianos se opuseram ao retorno, alegando que não havia condições apropriadas para manter a múmia intacta, o que obrigou as autoridades de Altai a reformaram um museu da região. No total, 742 milhões de rublos (cerca de 25 milhões de dólares) foram injetados no projeto pela gigante russa do petróleo e gás Gazprom.
Um mausoléu foi construído para abrigar o sarcófago com a múmia. O espaço tem todo o equipamento necessário para manter as condições adequadas de temperatura, humidade e ventilação.
Originalmente publicado no site da agência ITAR-TASS
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