Foto: TASS
Apesar de ocupar o 120º lugar no ranking de atratividade de investimentos da consultoria Doing Business em 2011 e apresentar uma fuga saída de capitais no valor de mais de US$ 80 bilhões, a Rússia não parecia sofrer os efeitos mais severos da recessão global.
Enquanto no mundo inteiro o volume de investimentos estrangeiros diretos (IED) aumentou 16% e alcançou mais de US$ 1 trilhão, o mesmo índice na Rússia aumentou 22%, atingindo US$ 53 bilhões.
A indústria continuou responsável pela maior parte dos investimentos estrangeiros diretos (51% do total) e 92% dos empregos criados no país durante o período entre 2007 e 2011.
Moscou e São Petersburgo, as duas maiores cidades russas, absorveram 42% dos projetos de investimento, seguidos pelas regiões de Kaluga e de Nijni Novgorod.
O setor mais atrativo para investimentos estrangeiros é o automotivo; logo atrás ficaram as indústrias alimentícia e de bens de produção. Ainda assim, os entrevistados não descartam que, em um futuro próximo, poderá haver uma diversificação das áreas de investimentos, com destaque para os setores de mineração, petróleo e gás.
De acordo com um levantamento da consultoria Ernst & Young, a Rússia foi, no ano passado, o destino mais atrativo para o investimento entre os países da Europa Central e Oriental.
Os resultados apontam que, em 2012, 19% dos
investidores internacionais (8% a mais do que no ano anterior) encararam a
Rússia como uma das economias mais atrativas do mundo para a realização de
investimentos. O país, que ficou à frente do Brasil, ocupa uma posição próxima
à Índia e aos países da América do Norte.
Entre as vantagens da Rússia foram citados seus recursos naturais (43% dos
entrevistados), a capacidade de seu mercado interno (19%) e o alto nível educacional
da população (10%).
Paralelamente, a má reputação da Rússia no ambiente de negócios foi um dos aspectos mencionados pelos entrevistados. Para a melhoria do clima de investimentos, os executivos consideram necessário tornar a legislação russa mais eficaz (53%), diminuir o nível de burocracia (47%) e aumentar a transparência nos negócios (37%).
Os Estados Unidos seguem na liderança em investimento na Rússia. Entre 2007 e 2011, foram 122 projetos de investimento direto, o equivalente a 16% do total.
Durante o mesmo período, os países europeus juntos aplicaram capital em 300 projetos ou 44% do total. Enquanto a Índia e a China tiveram, cada uma, menos de 2% de participação nos investimentos nacionais, o Brasil investiu em apenas 2% dos projetos.
O estudo envolveu executivos de 208 empresas internacionais, das quais 135 operam na Rússia, bem como a análise de dados estatísticos.
Originalmente publicado pelo jornal Kommersant
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