Berezovski alegava que Abramovitch lhe traiu e forçou a vender suas ações da petrolífera russa Sibneft. Foto: Reuters
“Rejeito a alegação do senhor Berezóvski”, pronunciou a juíza Elizabeth Gloster durante a sessão no tribunal de Londres, na última sexta-feira (31).
No maior caso judicial privado da história do Supremo Tribunal de Londres, Berezovski alegava que Abramovitch lhe traiu e forçou a vender suas ações da petrolífera russa Sibneft (incorporada atualmente pela Gazprom Neft) por “míseros US$ 1,3 bilhões”.
Em novembro de 2007, Berezovski foi condenado à revelia pelo tribunal russo a seis anos de cadeia por roubar milhões de dólares da companhia aérea russa Aeroflot durante os anos 1990. Em junho de 2009, o empresário foi mais uma vez condenado à revelia a 13 anos pelo roubo de milhares de carros da fabricante Avtovaz, também na década de 1990. Berezovski nega tais acusações.
Ele também havia acusado Abramovitch de quebrar uma promessa em um acordo envolvendo a companhia de alumínio russa Rusal.
Berezovski, 66, exigia US$ 5,5 bilhões por causa dos danos supostamente causados. Seu advogado, Andrêi Borovkov, disse à agência de notícias jurídicas Rapsi que o Supremo Tribunal de Londres não foi capaz de entender a complexa realidade dos negócios na Rússia.
Borovkov também afirmou que o veredito era “infundado”.
Abramovitch negou que Berezóvski fosse um ex-sócio de negócios e disse que estava pagando-lhe para finalizar um acordo de “proteção política”.
Ex-membro do Kremlin durante o mandato do presidente Boris Iéltsin, Berezovski disse ao tribunal que sua relação de negócios com Abramovitch, 45, tinha sido rompida depois de ele se desentender com o presidente Vladímir Pútin e fugir da Rússia.
Berezovski estava presente no tribunal para ouvir a
decisão da última sexta-feira, mas Abramovitch não foi visto no local.
Ambas as partes se acusaram mutuamente de desonestidade durante o processo, que começou em outubro do ano passado e terminou em janeiro.
Originalmente
publicado no site da agência RIA Nóvosti
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