O responsável conta que o protótipo do aerobarco quebra-gelos estava pronto já na época de perestroika. Foto: RIA Nóvosti / Vadim Jernov
O novo aerobarco quebra-gelos será usado para a construção de plataformas de petróleo e gás em águas rasas dos mares de Kara e Cáspio e no estuário do rio Ob.
O projeto faz parte de um programa federal de construção de equipamento para a exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental.
De acordo com um dos autores do projeto e chefe do Departamento da Universidade Tecnológica de Nijni Novgorod, Valéri Zuev, os potenciais clientes são empresas de petróleo e gás, companhias de transporte marítimo e fluvial, assim como estruturas de defesa e segurança.
O ministério disponibilizou cerca de 90 milhões de rublos (equivalente a US$ 3 milhões) durante os dois anos de trabalho.
A intenção é construir e testar um protótipo que deverá medir 17 metros de comprimento e 20 de largura. O custo total do navio de 320 toneladas, segundo Zuev, será da ordem de US$ 1,5 milhão.
O responsável conta que o protótipo do aerobarco quebra-gelos estava pronto já na época de perestroika. “Trabalhei nesse projeto e estou me preparando para voltar e retomar os trabalhos”, diz.
A lógica de funcionamento de um navio quebra-gelo é simples. “Suponhamos que a superfície de um lago está coberta de gelo. Se tirarmos um pouco da água que está sob ele, entre o gelo e a água surgirá uma cavidade de ar. A água deixará de suportar o gelo, e este começará a se romper”, explica o autor do projeto.
No entanto, ao invés de tirar a água, o aerobarco quebra-gelo não tira a água de sob o gelo, traz consigo uma bomba que injeta o ar embaixo do gelo através das rachaduras e fendas no mesmo.
A Corporação Unificada de Construção Naval (CUCN) reagiu friamente à ideia de Zuev. “O objetivo de um quebra-gelos é quebrar e remover o gelo. Reduzir o contato com a superfície congelada não é a melhor solução”, contrapõe o porta-voz da CUCN, Aleksêi Kravtchenko.
“Entretanto, a conclusão final só pode ser feita depois de o aerobarco em causa ter sido construído e testado”, arremata Kravtchenko.
Originalmente publicado no site do jornal Izvéstia
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