Nave tripulada Orion. Foto: NASA
Em entrevista ao jornal russo Izvéstia, o presidente da Enérguia, Vitáli Lopota, confirmou o desejo de participar dos projetos norte-americanos.
“Fomos abordados pela Boeing e pela Lockheed para unificar a interface dos nossos equipamentos. As empresas americanas se prontificaram a considerar várias opções, inclusive de fabricarmos alguns de seus componentes”, declarou Lopota.
O responsável considerou a construção de equipamentos de atracagem e proteção térmica das cápsulas de retorno.
O que diz o especialista?
“Nossos equipamentos de atracagem são bastante competitivos”, afirma o diretor de desenvolvimento do centro de tecnologias espaciais e telecomunicações da Fundação Skôlkovo, Dmítri Paison. “Entretanto, os segmentos russo e americano da ISS utilizam diferentes tecnologias. Se a Boeing decidir dotar sua nave de equipamento de atracação semelhante ao nosso, será necessária uma reavaliação.”
Ainda de acordo com Paison, a Rússia também poderia ajudá-los com o uso de proteção térmica nas cápsulas cônicas descartáveis. “Desse ponto de vista, nossa proposta parece lógica, embora não haja garantia de que os americanos a aceitem. Eles enfrentam o desafio não só de construir sua nave, mas também adquirir conhecimentos nessa área”, salienta o especialista.
A nave espacial CST-100 de sete lugares está sendo desenvolvida pela Boeing para viagens de curta duração pela órbita baixa rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e ao futuro complexo de turismo orbital da empresa Bigelow Aerospace. A expectativa é realizar o primeiro lançamento em 2015.
Já a Orion executará missões mais complexas e longas como viagens à Lua, asteróides e, eventualmente, a Marte. Por causa de dificuldades de financiamento, a data do primeiro voo da Orion, supostamente em 2018, ainda não foi oficialmente marcada.
Por enquanto, nem a Lockheed Martin nem a Boeing fizeram quaisquer comentários sobre a possível parceria. Segundo especialistas russos, a Rússia tem tecnologias que possam interessar a parte americana.
Versão integral originalmente publicada no site do Izvéstia
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