Reunião do Conselho das Relações em Saransk, capital da Mordóvia, na sexta-feira passada (24). Foto: kremlin.ru
Tanto a fé como a nacionalidade não devem separar os povos da Rússia nem proporcionar quaisquer privilégios ou afetar os direitos. A declaração foi feita pelo presidente Vladímir Pútin durante a reunião do Conselho das Relações em Saransk, capital da Mordóvia, na sexta-feira passada (24).
A visita do líder russo a Saransk coincidiu com a data que celebra os mil anos de unificação do povo mordóvio às comunidades étnicas do Estado russo. Além de apresentações musicais, a cidade foi palco de encenações e queimas de fogos.
Pútin fez ainda um discurso para os moradores locais reunidos na praça central do município. Ele apontou a importante contribuição da Mordóvia para o desenvolvimento do país e pediu ajuda dos cidadãos para preservar a memória histórica comum.
“A Rússia sempre orgulhou-se de sua diversidade e é nisso que consiste a sua força”, ressaltou Pútin.
De acordo com os dados do recenseamento de 2010, na Rússia vivem 193 povos e grupos étnicos que falam 171 línguas. “Creio que em nenhum país europeu existe um nível tão alto de defesa dos direitos étnico-culturais”, acrescentou o presidente.
Entretanto, os grupos nacionalistas vêm ganhando força ultimamente. Eles utilizam o conceito de liberdade e democracia para propagar suas ideias e estimular o separatismo.
Vladimir Pútin garantiu que uma das mais importantes tarefas do Conselho Presidencial e de toda a sociedade em geral é a luta contra essas tendências negativas e o favorecimento do desenvolvimento da tolerância e do respeito mútuo.
Durante a reunião, o presidente dirigiu-se aos membros do Conselho com o pedido de apresentar propostas sobre a incorporação de lições de tolerância nos programas de estabelecimentos de ensino.
O presidente declarou ainda que uma das tarefas atuais é promover a integração e a adaptação de migrantes que vêm de fora. A Rússia ocupa o segundo lugar, depois dos EUA, em número de imigrantes. “E eles devem conhecer e respeitar a cultura e os hábitos do país.”
Originalmente publicado no site Voz da Rússia
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