Foto: Getty Images
A diferença é sobretudo marcante na Alemanha, onde somente 13% das mulheres são diretoras-gerais de grandes empresas, enquanto nos países do BRIC – sem a África do Sul – esse índice beira 20%.
A pesquisa, realizada entre mais de cem diretores de Recursos Humanos de companhias internacionais, mostrou que a maioria das mulheres ainda tem dificuldade de alcançar uma posição de gerência.
No entanto, um progresso evidente é observado nos países asiáticos e do BRIC.
“A globalização desempenhou um papel decisivo”, considera o cientista político Maksim Grigoriev. “Muitas mulheres recebem boa formação e são ambiciosas. Essa tendência chegou inclusive aos países em desenvolvimento”, completa.
Segundo ele, muitas representantes do sexo feminino estão adiando a construção de família por causa da carreira. “Aqui pode-se falar também do fator médico, que possibilitou às mulheres terem filhos com idade mais avançada”, acrescenta.
“As companhias que procuram manter o equilíbrio de gênero na política de recursos humanos são hoje consideradas mais eficazes do ponto de vista econômico”, afirma a socióloga Olga Krichtanovskaia.
(R)evolução feminina
A estatística de mulheres dirigentes nos países do G7 – 5% no Japão e 13% na Alemanha – chamou atenção dos pesquisadores.
Os dados japoneses podem ser explicados pelas particularidades da estrutura sociocultural da sociedade. Entretanto os resultados da Alemanha, um do líderes em emancipação feminina, foram recebidos com surpresa.
Krichtanovskaia assinala que, por enquanto, as mulheres só têm alcançado resultados reais na política.
Cabe lembrar, contudo, que a composição dos governos europeus não seria tão pró-feminina se em muitos países não houvesse cotas de mulheres nos órgãos de poder.
Originalmente publicado no site Voz da Rússia
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