Quase um quarto da população acredita que a Igreja Ortodoxa deve aumentar sua influência na vida da sociedade e do Estado. Foto: TASS
Quarenta e três por cento dos entrevistados pela VTsIOM estão convencidos de que a Igreja Ortodoxa Russa “está desenvolvendo suas relações com a sociedade e o Estado corretamente, expressando sua posição apenas quando necessário”.
Paralelamente, quase um quarto da população (23%) acredita que a Igreja Ortodoxa deve aumentar sua influência na vida da sociedade e do Estado e participar mais ativamente da discussão e resolução dos problemas do país.
Em comparação com 2010, o número de cidadãos que acham que a Igreja interfere na política interna do país aumentou 6%, alcançando metade da população. Na época, cerca de 12% dos entrevistados consideraram essa intervenção como “significativa”.
Apesar da maioria dos russos não ter objeção à influência dos eclesiásticos na política, 19% dos entrevistados pela VTsIOM acreditam que a instituição participa demais dos assuntos do Estado, ao invés de se concentrar em questões espirituais.
O diretor-geral do centro de pesquisa, Valéri Fiódorov, acredita que os “anticlericais” são pessoas que “não estão satisfeitas com o trabalho do presidente do país e do governo” e geralmente pertencem à oposição comunista e socialista.
A pesquisa, que contou com cerca de 1,6 mil pessoas, foi realizada entre setembro e junho de 2012 em 46 regiões da Federação Russa.
Do altar ao palanque
Ultimamente, a Igreja Ortodoxa assumiu uma participação mais ativa na vida política do país.
Em fevereiro, o chefe da Igreja Russa Ortodoxa, Patriarca Kirill, participou do congresso do movimento “Frente Popular Nacional”, cujo fundador e líder é Vladímir Pútin. Na ocasião, foi acertado seu apoio à candidatura de Pútin nas eleições presidenciais em março deste ano.
Durante a última reunião do conselho geral do partido governante Rússia Unida, o primeiro-ministro e líder do partido, Dmítri Medvedev, também ressaltou a necessidade de apoiar “os valores tradicionais, enfatizando a moral e o papel da Igreja”.
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