Cem anos no armário

Cerca de 40 manifestantes foram detidos em maio durante tentativa de protesto LGBT em Moscou Foto: ITAR-TASS

Cerca de 40 manifestantes foram detidos em maio durante tentativa de protesto LGBT em Moscou Foto: ITAR-TASS

Tribunal de Justiça de Moscou confirmou pela segunda vez a proibição imposta pelo governo de Moscou à realização de paradas do orgulho gay na cidade durante os próximos cem anos, negando recurso apresentado pelo ativista Nikolai Alekséev.

Nesta quinta-feira (16), o Tribunal de Justiça de Moscou manteve a proibição imposta pelo governo de Moscou à realização de paradas do orgulho gay na capital russa até março de 2112.

“Vamos recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e conseguiremos que as sanções impostas às passeatas no passado e aquelas que forem estabelecidas no futuro pelo governo sejam reconhecidas como ilegais”, disse Alekséev à agência Interfax.

Além disso, o Comitê de Ministros do Conselho da Europa estudará em setembro a implementação da decisão do Tribunal Europeu sobre o caso “Alekséev vs Rússia”, em referência à ilegitimidade das proibições das paradas do orgulho gay em Moscou no período entre 2006 e 2008.

Em agosto do ano passado, os organizadores da parada do orgulho gay haviam notificado o governo sobre sua intenção de realizar ações públicas em 2012 e nos próximos cem anos na praça Bolótnaia, em Moscou.

Depois de examinar os documentos apresentados, as autoridades negaram a permissão para as iniciativas gay pelo período proposto, alegando eventuais badernas e a opinião contrária da maioria dos cidadãos a ações do gênero.

O Tribunal do Bairro Tverskoi de Moscou reconheceu legítima a decisão do governo local em janeiro deste ano. O Tribunal de Moscou, por sua vez, negou, em suas reuniões de 6 de junho e de 16 de agosto, o recurso apresentado pela organização das iniciativas gay em Moscou e manteve a proibição. 

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