De acordo com o FMI, as despesas orçamentárias com o pagamento das pensões representam cerca de 8% do PIB. Foto: TASS
Em entrevista coletiva na sede da agência de notícias Ria Nóvosti nesta sexta-feira (3), o representante do FMI na Rússia, Odd Per Brekk, disse que o país irá provavelmente aumentar a idade de aposentadoria até 2030.
“Sugerimos equiparar a idade de aposentadoria entre homens e mulheres e aumentá-la para 63 anos até 2030 e para 65 anos até 2050”, disse Brekk.
A proposta de aumentar a idade de aposentadoria estaria de acordo com as previsões do aumento da expectativa média de vida na Rússia.
De acordo com o FMI, as despesas orçamentárias com o pagamento das pensões representam cerca de 8% do PIB.
“Esse indicador condiz com um país desenvolvido. Entretanto, considerando parâmetros como a idade de aposentadoria e problemas demográficos do país, essas despesas irão dobrar para atingir 18% do PIB em 2050”, completou Brekk.
Atualmente, a idade de aposentadoria para as mulheres na Rússia é de 55 anos e para os homens, 60 anos.
Mudança gradual
O FMI tem seu próprio plano de reforma do sistema de aposentadoria da Rússia. Segundo Brekk, o governo russo deve aumentar as receitas do sistema de aposentadoria ou reduzir suas despesas para limitar o crescimento dos encargos orçamentários com as pensões.
Bekk concorda com os planos do governo russo de aumentar as pensões nos próximos anos, uma vez que seu nível atual é bastante baixo.
Anteriormente, o ministério da Fazenda da Rússia havia divulgado sua proposta de reforma do sistema de aposentadoria do país destinada, inclusive, a reduzir o déficit do Fundo de Pensão em 86 bilhões de rublos (cerca de US$ 2,8 bilhões) em 2013.
No entanto, a proposta do ministério não citava a diminuição do percentual das contribuições sociais nem o aumento da idade de aposentadoria.
Dentre as medidas propostas pelo órgão consta a necessidade de alterar a abordagem da questão de quem deve pagar pela aposentadoria antecipada. De um modo geral, a proposta do ministério havia sido acolhida positivamente pela vice-premiê para os assuntos sociais, Olga Golodets.
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