Ao contrário dos detectores convencionais (foto), a nova tecnologia não pressupõe contato físico com pessoa avaliada Foto: Getty Images
“A peculiaridade do novo aparelho é o fato de funcionar por estímulos sonoros, sem contato com a pessoa analisada”, explica o diretor da faculdade de matemática e informática da Universidade de Linguística de Nijni Novgorod, Vladímir Savtchenko.
O modelo clássico de detector de mentira funciona através de sensores colocados no corpo do indivíduo. Uma vez que o procedimento causa nervosismo por si só, sua precisão é duvidosa.
Já o aparelho russo depende apenas de um computador e de um microfone. O programa computacional grava a fala da pessoa e gera imediatamente um diagrama, pelo qual o especialista pode ver se o avaliado está seguro de si.
Quando o diagrama fica na faixa verde, a pessoa está calma; quando vai além dela, indica nervosismo. Às vezes o interlocutor pode não deixar transparecer sua inquietação; o programa, no entanto, captura mudanças mínimas na voz.
Arma contra mentira
Os serviços de informação poderiam utilizar essa tecnologia para verificar, por exemplo, se terroristas estão blefando quando fazem ameaças por telefone.
O instrumento também pode atrair a atenção dos bancos, que gastam tempo e dinheiro na verificação do histórico de crédito do cliente.
“Estamos preparando ainda uma versão do programa para telefones celulares”, diz Dmítri Akatiev, professor da faculdade de matemática e informática da universidade.
“Atualmente, é comum ligarem para a casa de alguém e dizer que o filho ou irmão cometeu uma infração de trânsito e precisa de dinheiro para resolver o problema”, conta.
“Nesse caso, o sinal do programa pode informar se o interlocutor consegue dominar as emoções, e isso evitaria que o familiar caia no golpe.”
Texto originalmente publicado no site da Rossiskaia Gazeta
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