O cidadão cubano Luis Vladimir Vega Céspedes passa mais de um mês a bordo de navio entre a Rússia e a Finlândia. Foto: TASS
Residente na Rússia há dez anos, o arquiteto Céspedes, cuja mulher é russa, deve receber o visto de permanência no país ainda em 2012.
Enquanto isso não acontece, ele é obrigado a cruzar a fronteira todo mês, pois só pode permanecer em território russo por trinta dias.
Na verdade, o cidadão cubano infringiu essa norma duas vezes: na primeira, houve atraso do seu voo; na segunda, do navio. Sua sorte é que o Serviço de Imigração Federal não pode registrar ocorrências por motivos de força maior.
Proibido de entrar na Rússia, Céspedes recorreu ao judiciário. O mais provável seria que o juiz desse ganho de causa ao cubano, mas a data da audiência final o obrigaria a infringir o prazo do visto uma terceira vez.
Então, de posse da ordem de suspensão da proibição emitida pelo juiz, viajou a Helsinque, mas, quando voltou, não pôde entrar na Rússia.
Luis Vladímir também não podia desembarcar na costa finlandesa, pois não tinha o visto de Schengen, que permite a livre circulação em diversos países europeus.
A solução foi pagar uma segunda viagem no cruzeiro e permanecer no navio. A empresa de transporte resolveu até ajudá-lo e ofereceu trabalho ao desafortunado viajante.
No final, ele obteve autorização para desembarcar, mas, na verdade, como explica a chefe do departamento do Serviço de Imigração Federal de São Petersburgo e da região de Leningrado, Elena Dunaeva, “por pouco não burlamos a lei vigente”.
“Não podemos nem receber os documentos desse cidadão para emitir o visto de permanência temporária na Rússia, pois ele já cometeu duas infrações administrativas”, completa.
Ao que tudo indica, Luis Céspedes está disposto a conquistar o visto russo permanente no tribunal, mesmo que para isso tenha de viver algum tempo a bordo de um navio.
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: