Brasil poderá imitar russos nas eleições

Tribunal Superior Eleitoral estuda instalação de webcams nas seções eleitorais. Foto: Reuters/Vostock-Photo

Tribunal Superior Eleitoral estuda instalação de webcams nas seções eleitorais. Foto: Reuters/Vostock-Photo

Seguindo modelo da última eleição presidencial na Rússia, Tribunal Superior Eleitoral estuda instalação de webcams nas seções eleitorais.

O Brasil pretende imitar a experiência da Rússia de instalar webcams em colégios eleitorais para monitorar virtualmente as seções, disse o presidente do Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Vladímir Tchurov, em visita ao Rio de Janeiro na última sexta -feira, 6. 

“O Tribunal Superior Eleitoral do Brasil vai estudar a fundo nossa experiência, que por enquanto é única no mundo”, afirmou.

“O sistema eleitoral brasileiro é exclusivo em muitos aspectos, muito bem financiado e mais de 90% dos cidadãos confiam nele”, completou Tchurov.

Ele ressaltou que no grupo dos países do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul –, os “sistemas eleitorais do Brasil e da China superam o de qualquer país europeu”.

A delegação da Comissão Eleitoral Central liderada por Vladímir Tchurov manteve conversações com as autoridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil. Pelo acordo assinado entre as duas instituições, ambos os países devem trocar observadores nas eleições federais.

Durante a recente visita ao Brasil, o CEC e o TSE definiram acordos para criação de grupos de trabalho conjuntos.

O objetivo é comparar as legislações dos dois países em relação aos direitos de pessoas com deficiência, a prática de controle financeiro sobre os partidos políticos e fundos eleitorais, realizar testes comparativos de sistemas eletrônicos de votação e treinar os membros das seções eleitorais.

“Os votos são 100% eletrônicos no Brasil, enquanto a Rússia está se estruturando para mudar completamente para esse sistema em dois anos”, disse Tchurov. Segundo o presidente comitê, os equipamentos utilizados são, contudo, diferentes.

“Os brasileiros usam urnas eletrônicas em vez de cédulas de papel escaneadas. Concordamos em estudar e comparar qualquer sistema é mais conveniente”, disse.

Paralelamente, Tchurov descreveu o sistema de votação para cidadãos estrangeiros como “muito burocratizado”. “Se pedimos a eles para preencher uma série de documentos, provavelmente não conseguimos garantir um quórum nas seções eleitorais.

“O próximo encontro com os parceiros do Brasil acontecerá no final de março do ano que vem em Moscou”, contou, acrescentando que a reunião focará na análise comparativa do equipamento de voto eletrônico dos dois países.

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