O nome "Flame" foi dado por causa das informações contidas em seu código fonte Foto: Corbis/FotoSA
De acordo com os especialistas da empresa russa de segurança digital Kaspersky Lab, o Flame foi concebido para fins de espionagem cibernética, permitindo, além do roubo de dados e desvio de arquivos pessoais dos usuários, a ativação de microfones e a gravação de conversas.
Os dados preliminares indicam que o software é usado desde março de 2010, mas a complexidade do programa tinha barrado sua identificação.
“O perigo das operações militares no ciberespaço tem sido um dos temas cruciais da segurança da informação ao longo dos últimos anos”, afirma Evguêni Kaspersky, diretor-geral da Kaspersky Lab. “Diferentemente das guerras convencionais, os países desenvolvidos ficam mais vulneráveis quando se trata de um conflito no mundo virtual.”
Segundo o relatório da Kaspersky Lab, as evidências sugerem que o vírus pode ter sido construído pela mesma nação ou nações que encomendaram o Stuxnet, responsável pelo ataque ao programa nuclear iraniano em 2010. Além disso, é ainda mais perigoso que os demais softwares do gênero já conhecidos.
Embora o mecanismo do Flame ainda seja desconhecido, sabe-se sua propagação pela rede de acontece de várias maneiras. “Seus autores monitoram os sistemas infectados, recolhendo informações e escolhendo novos alvos de ataque”, explica o especialista-chefe em programas antivírus da empresa russa, Aleksandr Góstev.
Com a ajuda da rede Impact, composta por 142 países e grandes atores do setor, incluindo a Kaspersky Lab, os governos e as comunidades técnicas irão fazer uma análise profunda dessa nova ameaça cibernética, cujos resultados serão apresentados em breve.
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: