Foto: Andrêi Sténin
Mais de cem representantes da elite artística e cultural da Rússia assinaram um apelo pela absolvição das integrantes do grupo Pussy Riot.
O documento foi entregue em nome dos presidentes da Suprema Corte da Rússia e do Tribunal da cidade de Moscou, na última terça-feira, 26.
A banda Pussy Riot foi lembrada no Festival Internacional de Cinema de Moscou. Uma das participantes da abertura do festival, a diretora Olga Darfi entrou na sala vestindo uma máscara semelhante às usadas pelo Pussy Riot durante o protesto na Catedral de Cristo Salvador. Em entrevista à emissora de rádio "Eco de Moscou", Darfi disse que fez isso em apoio às integrantes detidas. "Não gosto quando vejo pessoas presas ilegalmente em nosso país”, declarou Darfi.
Os representantes da classe artística declaram que as ações do Pussy Riot não podem ser consideradas criminosas. “As meninas não mataram ninguém, não roubaram nada, não cometeram violência nem depredaram qualquer coisa”, diz o documento.
Ainda de acordo com o apelo, “a Rússia é um estado secular, e nenhuma ação anticlerical pode ser usada numa acusação criminal se a ocorrência não se enquadrar em qualquer artigo do Código Penal”.
O documento é nada mais que uma tentativa de defender as três participantes do Pussy Riot detidas em março. As integrantes da banda correm risco de enfrentar um processo criminal por causa de um culto de oração punk anti–Pútin, realizado na Catedral de Cristo Salvador.
Em 20 de junho, o Tribunal de Moscou estendeu o período de detenção das Pussy Riot. Indiciadas por vandalismo, elas poderão ficar até sete anos na prisão.
Entre as personalidades que assinaram o documento, estão o ator Oleg Basilachvili, a atriz Tchulpan Khamatova, o cineasta Eldar Riazanov, o ator Ievguêni Mironov, a atriz Leah Akhedjakova, o escritor Jvanetski e o músico Iúri Chevtchuk.
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