Última população de mamutes conhecida viveu na ilha de Wrangel, no Oceano Ártico, há 4 mil anos Illustração: wikipedia.org
Após analisar os vestígios de 1,3 mil fósseis de mamutes encontrados no nordeste da Sibéria, Alasca e Tchukotka, os cientistas confrontaram os dados obtidos com as informações sobre os solos dessas regiões naquele período e descobriram a verdadeira causa da extinção de animais.
Cerca de 45 a 30 mil anos atrás, os mamutes eram muito comuns na Sibéria e no Alasca. Há aproximadamente 30 mil anos, contudo, as condições climáticas mudaram, e como resultado do aquecimento em Beríngia, os arbustos e plantas, comida típica dos mamutes, deu lugar à vegetação de turfeiras.
Os animais foram forçados a migrar para o sul, onde sua população aumentou significativamente. Ainda assim, o aquecimento contínuo fez com que os mamutes desaparecessem completamente no continente há cerca de 11,5 mil anos.
“As atividades do homem primitivo não tiveram impacto significativo sobre a população de mamutes na Sibéria e no Alasca, mas sobretudo os processos naturais”, disse um dos autores da obra, Iaroslav Kuzmin, à agência de notícias Ria Nóvosti.
Segundo Kuzmin, poucas são as provas de que os primeiros seres humanos caçavam mamutes. O cientista acredita que os mamutes eram semelhantes aos elefantes modernos e viviam, assim como seus parentes modernos, em grandes grupos.
“O elefante corre mais rápido que nós. Em uma savana africana, os caçadores armados com lanças em vez de arma de fogo não teriam nenhuma chance de abater animal algum”, arrematou o cientista.
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