Míssil balístico intercontinental de combustível sólido RS-24 é capaz de romper os escudos antimísseis já existentes e aqueles que forem construídos no futuro Foto: function.mil.ru
De acordo com as fontes da agência de notícias Interfax, o novo armamento teria sido projetado em contrapartida ao escudo de defesa antimíssil da Otan na Europa. O recente teste foi realizado poucos dias depois da Otan confirmar a “total capacidade operacional” de seu sistema.
Apesar de a aliança ter afirmado que o escudo não está direcionado à Rússia, e sim a países conflituosos como o Irã, Moscou acusou a Otan de buscar diminuir seu potencial de defesa.
Além de posicionar os mísseis Iskander na região de Kaliningrado, os engenheiros russo ficarão também encarregados de velhos projetos. Depois do míssil testado em Plesétsk, a ideia é construir um novo míssil pesado de combustível líquido.
As obras serão certamente financiadas em sua totalidade, mesmo que os gastos militares do país sofram cortes.
No entanto, não se sabe ao certo quantos mísseis desse tipo serão construídos, pois isso vai depender de quão poderosa será a ameaça representada pelo sistema de defesa antimíssil dos EUA.
Utilizando combustível sólido, o novo míssil móvel foi desenvolvido pelo Instituto de Equipamento Térmico de Moscou, autor dos projetos de mísseis “Topol-M”, “Iars” e “Bulavá”.
Embora o nome do míssil secreto não tenha sido revelado, especula-se que pertença ao projeto Avangard. O teste de lançamento anterior realizado em setembro do ano passado havia falhado.
Retomada histórica
Ao que tudo indica, a origem do novo míssil remonta à década de 80 quando a declaração do então presidente norte-americano Ronald Reagan sobre a construção de um sistema de defesa antimíssil causou profunda preocupação à liderança soviética.
Na época, a URSS procedeu ao desenvolvimento de armamentos capazes de romper o escudo antimíssil do inimigo, entre os quais um novo míssil intercontinental.
Os especialistas duvidam que o lançamento realizado em Plesétsk tenha sido uma consequência da retomada dos projetos encerrados após a celebração do Tratado START-1.
De fato, a tecnologia mudou muito nos últimos 25 anos, mas alguns conceitos daquela época poderiam ser usados ainda hoje.
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