Fotos: Museu Estatal do Teatro e Música
A exposição pretende mostrar como a beleza era retratada antes das onipresentes técnicas de retoque tomarem conta do universo das imagens, quando as melhor diante da câmera era a mesma observada na fotografia.
Mesmo sem os recursos de computador, essas mulheres foram capaz de criar imagens sugestivas e originais de si mesmas. Os sorrisos suaves e os olhos adormecidos das mulheres nas fotos fazem as pessoas acreditarem que estão escondendo algum segredo.
Veja o exemplo dos retratos de Lina Cavalieri, uma italiana que cresceu em um orfanato católico, fugiu para se juntar a um grupo de teatro itinerante, casou-se com o príncipe russo Aleksandr Bariatinski e acabou indo parar nos palcos de ópera de Nova York, Paris e São Petersburgo.
Em um retrato particularmente impressionante, envolta por pérolas e com ombros completamente expostos, Cavalieri olha diretamente para a câmera. Um olhar ao mesmo tempo tímido e ousado, expressão que se repete nas demais obras da exposição. A sexualidade expressa por essas mulheres parece simultaneamente reprimida e evidente.
Em outra imagem, Marie Petipa – filha do notável coreógrafo Marius Petipa –está vestida como uma matadora para o balé do teatro Mariinsky e, ainda assim, exala uma feminilidade singular.
A tecnologia limitada da época tornava o espectro de emoções ainda mais impressionante. A ausência de cor e a incapacidade de rapidamente capturar imagens e manipulá-las exigia uma sutileza de enquadramento e postura não vista hoje em dia. O resultados são imagens únicas da beleza feminina e sutil preconizada na virada do século.
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