Nikolai Zórtchenko, capitão do maior barco a vela do mundo
O que o senhor espera da quarta volta ao mundo?
Minha quarta volta ao mundo será a mais longa, vai durar 14 meses. As anteriores tiveram somente de 10 a 11 meses.
Nós vamos contornar a América do Sul e a África do Sul, ou seja, todos os pontos pelos quais passavam os navios a velas quando ainda não havia o Canal do Panamá, o Canal de Suez. Isso significa que vamos mergulhar direto no século 18.
Como é para o senhor viajar com tantos jovens?
Os jovens têm uma atitude boa. Todos se soltam no mar e querem navegar como [o marinheiro inglês James] Cook ou [o russo Ivan] Kruzenshtein. Mas depois de dois ou três meses começam a ficar cansados, a sentir saudades de casa etc. E isso é o mais difícil: acostumar-se com a distância da Rússia, dos parentes, dos amigos e assim por diante. As voltas ao mundo são organizadas também para introduzi-los em longas e distantes navegações.
É a primeira volta ao mundo do Sedov, certo?
Sim. A embarcação tem 91 anos. Nos primeiros 15 anos de vida, de 1921 a 1936, o navio só ia até a Austrália e voltava. Depois de 1945, foi enviado ao Atlântico, ultrapassou o Equador. Mas é sua primeira volta ao mundo.
Vai haver dificuldades por ser a primeira vez do barco?
Não se esperam dificuldades. O trajeto é conhecido. Inicialmente, vamos a portos europeus, depois cruzamos o Atlântico de norte a sul. Circundamos a América do Sul, depois subimos ao norte. Não penso que mossam surgir muitos imprevistos. Nós sabemos como sair das dificuldades e vamos trabalhar nisso.
Será sua primeira vez em algum desses portos?
Sim, em Montevidéu [no Uruguai], Valparaíso [no Chile], Ushuaia [na Argentina], e na América do Sul, onde eu pouco estive... São novos e exóticos locais que quero conhecer.
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